ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
Sumário
1. Conceitos e objetivos: Associação Sem Fins Lucrativos
2. Características de uma Associação Sem Fins Lucrativos
3. Roteiro para constituição e registro de associações
4. Documentos necessários para constituição
5.1 Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)
5.2 Contribuição Social sobre o lucro (CSSL).
5.3 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
5.4 Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS)
6. PERGUNTAS E RESPOSTAS DA RFB
7. MODELO (sugestão) DE ESTATUTO
DE ASSOCIAÇÃO
1. Conceitos e objetivos: Associação Sem Fins Lucrativos
Associação é uma entidade de direito privado,
dotada de personalidade jurídica e caracterizada pelo agrupamento de pessoas
para a realização e consecução de objetivos e ideais comuns, sem finalidade
lucrativa.
Uma associação sem fins lucrativos poderá ter
diversos objetivos, tais como:
a - associações de classe ou de representação
de categoria profissional ou econômica;
b - instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos,
etc.;
c - entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a
um círculo restrito de associados - ex.: clubes esportivos; centrais de
compras; associações de bairro, moradores, etc.;
d - associações com objetivos sociais que observam o princípio da
universalização dos serviços - Ex.: promoção da assistência social; promoção da
cultura, patrimônio histórico e artístico; promoção gratuita da saúde e educação;
preservação e conservação do meio ambiente; promoção dos direitos humanos, etc.
As atividades previstas na letra
"d", acima, são atribuídas às ONGs,
podendo ser qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público perante o Ministério da Justiça, a fim de firmar TERMO DE PARCERIA com
o Poder Público e obter repasses de recursos para o fomento destas atividades,
observados os dispositivos previstos na Lei 9.790, de 23/03/99 e Decreto 3.100,
de 30/06/99.
2. Características de uma Associação Sem Fins Lucrativos
a - constitui a reunião de diversas pessoas
para a obtenção de um fim ideal, podendo este ser alterado pelos associados;
b - ausência de finalidade lucrativa;
c - o patrimônio é constituído pelos associados ou membros;
d - reconhecimento de sua personalidade por parte da autoridade competente.
3. Roteiro para constituição e registro de associações
3.1
Elaboração e discussão do projeto e Estatuto Social;
3.2 Assembléia Geral de constituição da
Associação;
3.3 Registro do Estatuto e Ata da Assembléia de
constituição em Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas;
3.4 Obtenção de inscrição na Receita Federal –
CNPJ;
3.5 Obtenção de inscrição na Secretaria da Fazenda
– Inscrição Estadual (se exercer comércio);
3.6 Obtenção de registro no INSS;
3.7 Registro na Prefeitura Municipal.
4. Documentos necessários para constituição
4.1-requerimento
em duas (02) vias ao oficial do cartório, solicitando o registro dos atos
constitutivos da sociedade, assinado pelo presidente com firma reconhecida
(modelo fornecido no cartório);
4.2-três
vias (duas originais e cópia) na íntegra do estatuto assinado pelo presidente;
4.3-relação
em duas vias dos membros fundadores constando nacionalidade, profissão,
residência, número do CPF ou Identidade, assinada pelo presidente ou secretário
(de acordo com o dispositivo do art. 120 VI da Lei 6.015/73) – datilografado;
4.4-relação
em duas vias da primeira ou atual diretoria e conselho fiscal, constando
nacionalidade, cargo, profissão, residência, número do CPF ou identidade e
período de mandato, assinada pelo presidente ou secretário (datilografado);
4.5-três
vias da Ata de Fundação (Constituição e Aprovação do Estatuto);
OBS:
Se a ata for datilografada, declarar (na ata) que a mesma é igual ao original
lavrado em livro próprio, devendo esta declaração ser datada e assinada pelo
presidente ou secretário da entidade.;
4.6-estatuto
deverá ser rubricado em todas as suas folhas por advogado inscrito na OAB, com
o número de sua inscrição e visto na última página (datilografado).
5.1
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ)
A Lei 9.532 de dezembro de
1997, em seu artigo 12, devido a ordem da Constituição
Federal Brasileira, art. 150, inciso VI, aliena “c”, considera imune as
instituições de educação ou de assistência social que preste serviços para a
população em geral, em caráter complementar ao Estado, e sem fins lucrativos.
Na mesma lei, art. 15, estipula
o que se consideram as instituições isentas
“art. 15 - Consideram-se
isentas as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e
cientifico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que
destinam, sem fins lucrativos.”
Há vários requisitos que a lei
estipula e que as instituições terão de atender para poder gozarem destas
imunidades.
O enunciado do § 3°, do art.
12. da Lei 9.532/97, estabelece qual as entidades são
consideradas sem fins lucrativos:
“a que não
apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado
exercício, destine referido resultado integralmente ao incremento de seu ativo
imobilizado.”
5.2
Contribuição Social sobre o lucro (CSSL).
“A Contribuição Social sobre o
lucro das pessoas jurídicas, instituídas pela lei 7.689, de 15/12/1988, não
excluiu expressamente as pessoas jurídicas sem fins lucrativos de seu
pagamento.”
Entretanto, a Lei 9.532/97,
art.15, § 2°, estipula a isenção também para a Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido.
5.3
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
A Contribuição para
Financiamento da Seguridade Social foi instituída pela Lei Complementar 70 de
30 de Dezembro de 1991.
Aplicam-se às entidades
filantrópicas e beneficentes de assistência social, para efeito de pagamento da
contribuição para o PIS a alíquota de 1% sobre a folha
de pagamento e de gozo da isenção da
COFINS, o disposto no art. 55 da Lei 8.212, de 1991.
Desta forma, para configurar a
isenção, a entidade deve atender aos seguintes requisitos, cumulativamente:
I – seja reconhecida como de utilidade pública
federal e estadual ou do Distrito Federal ou municipal;
II – seja portadora do Registro e do Certificado de
Entidade Beneficente de Assistência Social, fornecidos pelo Conselho Nacional
de Assistência Social,
renovado a cada
três anos; (Medida Provisória 2.187-13, de 24.08.2001, DOU 27.08.2001);
III – promova,
gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social beneficente a
pessoas carentes, em especial a crianças, adolescentes, idosos e portadores de
deficiência - Lei 9.732, de 11/12/1998.
IV – não percebam seus
diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores, remuneração e
não usufruam vantagens ou benefícios a qualquer título;
V – aplique integralmente o eventual resultado
operacional na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais
apresentando, anualmente ao órgão do INSS competente, relatório circunstanciado
de suas atividades (Lei 9.528, de 10.12.1997).
5.4
Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS)
As contribuições do PIS e
COFINS, atualmente, estão regidas pela Lei 9.718/98, com as alterações subseqüentes.
As duas contribuições, apesar
de originarem-se de diferentes legislações, têm uma relativa semelhança na base
de cálculo, pois em sua formação devem ser somadas todas as receitas auferidas,
com as exceções e exclusões previstas em lei.
Programas de Integração Social
e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/PASEP, de que tratam o
art. 239 da Constituição de 1988 e as Leis Complementares 07, de 07 de setembro
de 1970 e 08, de 03 de dezembro de 1970.
6. PERGUNTAS E RESPOSTAS DA RFB
021 |
Quais pessoas
imunes ao imposto de renda estão sujeitas à entrega da DIPJ? |
São
imunes do imposto sobre a renda e estão obrigadas a DIPJ:
a) os templos de qualquer culto;
b) os partidos políticos, inclusive suas
fundações, e as entidades sindicais de trabalhadores, sem fins lucrativos,
desde que observados os requisitos do art. 14 do CTN, com redação alterada pela
Lei Complementar nº104,
de 2001;
c) as instituições de educação e as
de assistência social, sem fins lucrativos.
Considera-se
imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços
para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em
geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos.
Define-se
como entidade sem fins lucrativos, a instituição de educação e de assistência
social que não apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em
determinado exercício, destine referido resultado integralmente à manutenção e ao
desenvolvimento dos seus objetivos sociais.
Para
o gozo da imunidade, as instituições citadas em “b” e “c” estão obrigadas a
atender aos seguintes requisitos:
a) não remunerar, por qualquer forma,
seus dirigentes pelos serviços prestados;
b) aplicar integralmente no país seus
recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos institucionais;
c) manter escrituração completa de
suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a
respectiva exatidão;
d) conservar em boa ordem, pelo prazo
de cinco anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem
de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de
quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação
patrimonial;
e) apresentar, anualmente, a DIPJ, em
conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal;
f) assegurar a
destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições
para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou de extinção da
pessoa jurídica, ou a órgão público;
g) não distribuírem qualquer parcela
de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
h) outros requisitos, estabelecidos
em lei específica, relacionados com o funcionamento das entidades citadas.
Notas: 1) As entidades sem fins
lucrativos de que trata o Decreto nº 3.048, de 1999, art. 12, I, que
não se enquadrem na imunidade ou isenção da Lei nº 9.532, de 1997,
estão sujeitas à CSLL, devendo apurar a base de cálculo e a CSLL devida nos termos
da legislação comercial; 2) A condição e vedação de não
remuneração de dirigentes pelos serviços prestados não alcançam a hipótese de
remuneração, em decorrência de vínculo empregatício, pelas Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), qualificadas segundo as normas
estabelecidas na Lei nº 9.790, de 1999, e pelas
organizações sociais (OS), qualificadas consoante os dispositivos da Lei nº 9.637, de 1998.
Esta exceção está condicionada a que a remuneração, em seu valor bruto, não
seja superior ao limite estabelecido para a remuneração de servidores do
Poder Executivo Federal, sendo aplicável a partir de 1º/01/2003. |
Normativo: |
CF/1988, art. 150, VI, “b”; “c”;
CTN, art. 14; Lei Complementar nº 104, de 2001; Lei nº 9.532, de 1997,
art.12 § 3º (c/redação dada pela Lei nº 9.718, de 1998,
art. 10); Lei nº 9.637, de 1998; Lei nº 9.790, de 1999;
Lei nº 10.637, de 2002, art. 34 e art. 68, III; eDecreto nº 3.048, de 1999, art. 12, I. |
022 |
Quais são as entidades
isentas pela finalidade ou objeto? |
Consideram-se
isentas as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e
científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais
houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a que
se destinam, sem fins lucrativos.
Considera-se
entidade sem fins lucrativos a que não apresente superávit em suas contas ou,
caso o apresente em determinado exercício, destine referido resultado, integralmente,
à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais.
Notas: |
1) As entidades sem fins
lucrativos de que trata o Decreto nº 3.048, de 1999, art. 12, I, que
não se enquadrem na imunidade ou isenção da Lei nº 9.532, de 1997, e
alterações introduzidas pela Lei nº 9.732, de 1998, estão sujeitas à
CSLL, devendo apurar a base de cálculo e o tributo devido nos termos da
legislação comercial. 2) As associações de poupança e empréstimo,
as entidades de previdência privada fechada e as bolsas de mercadorias e de
valores estão isentas do imposto sobre a renda, mas são contribuintes da
CSLL. As entidades de previdência complementar, a partir de 1º/01/2002 estão
isentas da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Lei nº 10.426, de 2002,
art. 5º). |
Normativo: |
Lei nº 9.532, de 1997,
art. 12, § 3º (c/redação dada pela Lei nº 9.718, de 1998,
art. 10) e art. 15; Lei nº 9.732, de 1998; Lei nº 10.426, de 2002,
art. 5º;Decreto
nº 3.048, de 1999, art. 12, I. |
023 |
Quais as
condições determinadas pela legislação que devem ser observadas pelas
entidades enquadradas como isentas pela finalidade ou objeto? |
As entidades consideradas isentas
pela finalidade ou objeto deverão atender aos seguintes requisitos:
a) não remunerar por qualquer forma
seus dirigentes pelos serviços prestados;
b) aplicar integralmente seus
recursos na manutenção e desenvolvimento dos objetivos sociais;
c) manter escrituração completa de
suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a
respectiva exatidão;
d) conservar em boa ordem, pelo prazo
de cinco anos, contados da data da emissão, os documentos que comprovem a
origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização
de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação
patrimonial;
e) apresentar, anualmente, declaração
de informações (DIPJ), em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da
Receita Federal.
Normativo: |
Lei nº 9.532, de 1997,
art. 12, § 3º (c/redação dada pela Lei nº 9.718, de 1998,
art. 10) e art. 15, § 3º. |
024 |
A
imunidade e a isenção aplica-se a toda renda obtida pelas
entidades citadas? |
Não.
Estará fora do alcance da tributação somente o resultado relacionado com as
finalidades essenciais destas entidades. Assim, os rendimentos e os ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e
variável não estão abrangidos pela imunidade e pela isenção.
Normativo: |
Lei nº 9.532, de 1997,
art. 15, § 2º; ePN
CST nº 162, de 1974. |
025 |
A prática de atos
comuns às pessoas jurídicas com fins lucrativos descaracteriza a isenção? |
Não
pode haver a convivência entre rendimentos decorrentes de atividade essencial,
portanto imunes, com os rendimentos que não estejam de acordo com a finalidade
essencial da entidade, rendimentos não imunes, sem descaracterizar a imunidade.
Da
mesma forma, não é possível a convivência de rendimentos isentos com não
isentos, tendo em vista não ser possível o gozo de isenção pela metade, ou todos
os rendimentos são isentos, se cumpridos os requisitos da Lei nº 9.532, de 1997, ou todos são
submetidos à tributação, se descumpridos os requisitos.
Normativo: |
Lei nº 9.532, de 1997; e
PN CST nº 162, de 1974. |
026 |
No fornecimento de
bens e serviços pelas entidades imunes e isentas a órgãos, autarquias e
fundações da administração pública federal, caberá retenção de tributos e
contribuições prevista no art. 64 da Lei n |
Não.
O art. 3º da IN
SRF nº 480, de 2004,
relaciona as hipóteses de dispensa de retenção, entre as quais encontram-se os casos de imunidade e isenção. A referida
norma dispõe que nos pagamentos a instituições de educação e de assistência
social, bem como a instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural,
científico e associações de que tratam respectivamente os art. 12 e 15 da Lei nº 9.532, de 1997,
caberá a estas entidades apresentar à unidade pagadora declaração na forma do
modelo aprovado por aquela Instrução Normativa (art. 4º).
Normativo: |
Lei nº 9.532, de 1997,
arts. 12 e 15; eIN SRF nº 480, de 2004,
arts. 3º e 4º. |
027 |
Quais as
conseqüências tributárias imputadas às pessoas jurídicas que deixarem de
satisfazer às condições exigidas na legislação para gozo da imunidade e da
isenção? |
Sem
prejuízo das demais penalidades previstas na lei, a Secretaria da Receita
Federal suspenderá o gozo da isenção, relativamente aos anos-calendário em que
a pessoa jurídica houver praticado ou, por qualquer forma, houver contribuído
para a prática de ato que constitua infração a dispositivo da legislação
tributária, especialmente no caso de informar ou declarar falsamente, omitir ou
simular o recebimento de doações em bens ou em dinheiro, ou, de qualquer forma,
cooperar para que terceiro sonegue tributos ou pratique ilícitos fiscais.
Considera-se,
também, infração a dispositivo da legislação tributária o pagamento, pela instituição
isenta, em favor de seus associados ou dirigentes, ou, ainda, em favor de
sócios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurídica a ela associada por
qualquer forma, de despesas consideradas indedutíveis na determinação da base
de cálculo do imposto sobre a renda ou da CSLL.
Notas: |
Os procedimentos a serem
adotados pela fiscalização tributária nas hipóteses que ensejem a suspensão
da isenção encontram-se disciplinados na Lei nº 9.430, de 1996, art. 32, sendo
referido dispositivo aplicável também a fatos geradores ocorridos antes da
sua vigência, tendo em vista se tratar de norma de natureza meramente
instrumental. |
Normativo: |
Lei nº 9.430, de 1996,
art. 32; eLei nº 9.532, de 1997,
art. 13, parágrafo único, art. 14 e art. 15, § 3º. |
028 |
A isenção depende
de prévio reconhecimento pela Secretaria da Receita Federal? |
Não.
O benefício da isenção independe do prévio reconhecimento.
Normativo: |
RIR/1999, art. 181. |
812 |
As sociedades
cooperativas estão sujeitas à incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e
da Cofins em relação às suas receitas? |
Sim.
As sociedades cooperativas, em geral, estão sujeitas ao recolhimento dessas contribuições,
em relação à sua receita bruta total auferida mensalmente, sendo admitidas
exclusões ou deduções específicas de acordo com suas atividades.
Notas: |
A partir de 1º/05/2004, as cooperativas
de produção agropecuária e de consumo estão sujeitas à incidência
não-cumulativa do PÌS/Pasep e da Cofins (Lei nº 10.833, de 2003, arts. 10, VI e 15). |
Normativo: |
Lei nº 9.718, de 1988,
arts. 2º e 3º. |
813 |
Quais as exclusões
da receita bruta admitidas para efeito de apuração da base de cálculo da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devidas pelas sociedades
cooperativas de produção agropecuária? |
Além
das exclusões admitidas para as pessoas jurídicas em geral, as sociedades
cooperativas de produção agropecuária podem ainda excluir da receita
brutas os valores correspondentes:
a) aos repasses aos associados,
decorrentes da comercialização de produtos no mercado interno por eles
entregues à cooperativa;
b) às receitas de venda de bens e
mercadorias a associados;
c) às receitas decorrentes da
prestação, aos associados, de serviços especializados aplicáveis na atividade
rural, relativo a assistência técnica, extensão rural,
formação profissional e assemelhadas;
d) às receitas decorrentes do
beneficiamento, armazenamento e industrialização de produto do associado;
e) às receitas financeiras
decorrentes de repasse de empréstimos rurais contraídos junto a instituições
financeiras, até o limite dos encargos a estas devidos;
f) às Sobras apuradas na Demonstração
do Resultado do Exercício, antes da destinação para constituição do Fundo de
Reserva e do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, previstos no art.
28 da Lei nº 5.764,
de 1971, efetivamente distribuídas; e
g) aos custos agregados ao produto
agropecuário dos associados das cooperativas de produção agropecuária, quando
de sua comercialização,
Notas: |
1) As receitas de vendas de bens
e mercadorias a associados compreendem somente aquelas vinculadas diretamente
à atividade desenvolvida pelo associado e que seja objeto da cooperativa. 2) Essas receitas devem ser
contabilizadas destacadamente, estando sujeitas a comprovação mediante documentação
hábil e idônea, com a identificação do associado, do valor da operação, da
espécie e quantidades dos bens ou mercadorias vendidos. 3) Na comercialização de
produtos agropecuários realizada a prazo, assim como aqueles produtos ainda não
adquiridos do associado, a cooperativa pode excluir da receita bruta mensal o
valor correspondente ao repasse a ser efetuado ao associado. 4) Considera-se custo agregado
ao produto agropecuário (item “g”) os dispêndios pagos ou incorridos com
matéria-prima, mão-de-obra, encargos sociais, locação, manutenção,
depreciação e demais bens aplicados na produção, no beneficiamento ou no
acondicionamento e os decorrentes de operações de parcerias e integração
entre a cooperativa e o associado, bem assim os de comercialização ou
armazenamento do produto entregue pelo cooperado. 5) A cooperativa que utilizar as exclusões relacionadas nas letras “a” a “g” , deve
também apurar o PIS/Pasep calculado sobre folha de salário. |
Normativo: |
MP nº 2.158-35, de 2001,
art. 15;Lei nº 10.676, de 2003; Lei nº 10.684, de 2003,
art. 17; eIN SRF nº 247, de 2002, arts. 23 e 33
(alterada pela IN SRF nº 358, de 2003). |
815 |
Quais as deduções
e exclusões da receita bruta admitidas para efeito de apuração da base de cálculo
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devidas pelas sociedades
cooperativas de crédito? |
Além
das exclusões admitidas para as pessoas jurídicas em geral, as sociedades
cooperativas de crédito podem ainda excluir da receita bruta:
a) as despesas incorridas nas
operações de intermediação financeira;
b) os encargos com obrigações por
refinanciamentos, empréstimos e repasses de recursos de órgãos e instituições
oficiais ou de direito privado;
c) as perdas com títulos de renda
fixa e variável, exceto com ações;
d) as perdas com ativos financeiros e
mercadorias, em operações de hedge
e) os ingressos decorrentes de atos
cooperativos; e
f) as “sobras líquidas” apuradas na
Demonstração do Resultado do Exercício, antes da destinação para a constituição
do Fundo de Reserva e do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social,
previstos no art. 28 da Lei nº
5.764, de 16 de dezembro de 1971.
Notas: |
1) A vedação do reconhecimento de
perda com ações de que trata a letra “c”, aplica-se às operações com ações
realizadas nos mercados à vista e de derivativos (futuro, opção, termo, swap
e outros) que não sejam de hedge. 2) As disposições das alíneas
“e” e “f” aplicam-se aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de
2005, observado que os valores das sobras líquidas creditados, distribuídos
ou capitalizados a cooperado, pessoa jurídica, integrará a receita bruta
deste, para fins de incidência do PIS/Pasep e da Cofins. 3) Entende-se por ato
cooperativo de que trata a letra “e”; a) as receitas de juros e
encargos recebidas diretamente dos associados: b) as receitas da prestação de
serviços realizados aos associados e recebidas diretamente
dos mesmos; c) as receitas financeiras recebidas
de aplicações efetuadas em confederação, federação e cooperativa singular de
que seja associada; d) os valores arrecadados com a
venda de bens móveis e imóveis recebidos de associados para pagamento de
empréstimo contraído junto à cooperativa, até o valor do montante do
principal e encargos da dívida; e e) os valores recebidos de
órgãos públicos ou de seguradoras para a liquidação parcial ou total de
empréstimos contraídos por associados, em decorrência de perda de produção
agropecuária no caso de cooperativas de crédito rural. 4) A cooperativa que utilizar as exclusões relacionadas nas letras “a” a “f” , deve
também apurar o PIS/Pasep calculado sobre folha de salário. |
Normativo: |
Lei nº 9.701, de 1998,
art. 1º, III;Lei nº 9.718, de 1998,
art. 3º;Lei nº 10.676, de 2003, art. 1º, § 3º;Lei nº 11.051, de 2004,
art. 30 (alterado pelo art. 46 da Lei nº 11.196, de 2005); MP nº 2.158-35, de
2001, art. 2º e art. 15, § 2º;eIN
SRF nº 247, de 2002,
arts. 23 e 27. |
816 |
Quais as exclusões
da receita bruta admitidas para efeito de apuração da base de cálculo da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins devidas pelas sociedades
cooperativas de transporte rodoviário de cargas? |
Além
das exclusões admitidas para as pessoas jurídicas em geral, as sociedades
cooperativas de transporte rodoviário de cargas podem ainda excluir da receita
bruta:
a)
os ingressos decorrentes do ato cooperativo;
b)
as receitas de venda de bens e mercadorias a associados, vinculados às
atividades destes;
c)
as receitas decorrentes da prestação, aos associados, de serviços
especializados aplicáveis na atividade de transporte rodoviário de cargas,
relativo a assistência técnica, formação profissional
e assemelhadas;
d)
as receitas financeiras decorrentes de repasse de empréstimos contraídos junto
a instituições financeiras, para aquisição de bens vinculados à atividade de
transporte rodoviário de cargas, até o limite dos encargos devidos às
instituições financeiras; e
e)
as Sobras apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício, antes da
destinação para constituição do Fundo de Reserva e do Fundo de Assistência
Técnica, Educacional e Social, previstos no art. 28 da Lei nº 5.764, de 1971, efetivamente distribuídas
Notas: |
1) Entende-se por ato
cooperativo de que trata a letra “a” os valores
repassados aos associados, decorrentes da prestação de serviços de transporte
rodoviário de cargas, por eles prestados à cooperativa. 2) A cooperativa que utilizar as exclusões relacionadas nas letras “a” a “e” , deve
também apurar o PIS/Pasep calculado sobre folha de salário. |
Normativo: |
MP nº 2.158-35, de
2001, art. 15, § 2º; eLei
nº 11.051, de 2004,
art. 30 (alterado pelo art. 46 da Lei nº 11.196, de 2005). |
817 |
Quais sociedades
cooperativas estão sujeitas ao recolhimento da Contribuição para o PIS/Pasep
sobre a folha de salário? |
As
sociedades cooperativas de produção agropecuária, de eletrificação rural, de crédito
e de transporte rodoviário de cargas que utilizarem as exclusões previstas no
art. 15 da MP 2.158-35, de 2001, no art. 1º da Lei nº 10.676,
de 2003, no art. 17 da Lei 10.684, de 2003, e no art. 30 da Lei nº 11.051,
de 2004 (com a redação dada pelo art. 46 da Lei nº 11.196,
de 2005), ficam obrigadas a recolher a contribuição para o PIS/Pasep à alíquota
de 1% (um por cento) incidente sobre a folha de salários,
independentemente do recolhimento do PIS/Pasep incidente sobre o faturamento
(receita bruta) daquele mês, caso seja devido.
Notas: |
As cooperativas mencionadas
nesta pergunta estão sujeitas ao PIS/Pasep incidente sobre a folha de salário
no mês ou meses em que houver dedução ou exclusão da base de cálculo das sobras
líquidas apuradas na Demonstração do Resultado do Exercício, ainda que
parcialmente. |
Normativo: |
MP nº 2.158-35, de
2001, art. 15, § 2º; eIN
SRF nº 247, de 2002,
art. 9º, parágrafo único). |
818 |
As receitas auferidas
pelas sociedades cooperativas de trabalho, em decorrência de serviços
executados por seus associados, podem ser excluídas da base de cálculo da
Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep com fundamento no art. 15, I, da MP
nº 2.158-35, de 2001? |
Não.
A exclusão prevista no art. 15, I, da MP nº 2.158-35, de 2001, refere-se a
produto (mercadoria) que pode ser entregue à cooperativa para ser comercializado,
não abrangendo, portanto, serviços.
819 |
Quais as exclusões
ou deduções da receita bruta admitidas para efeito de apuração da base de
cálculo da Contribuição para a Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins
devidas pelas demais sociedades cooperativas, inclusive a de trabalho? |
Podem
ser excluídos os valores correspondentes:
a) às vendas canceladas, descontos
incondicionais concedidos, IPI e o valor do ICMS quando cobrado pelo vendedor
dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;
b) às reversões de provisões e
recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de
novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor
do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos
avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita;
c) às receitas decorrentes da venda
de bens do ativo permanente;
d) às receitas decorrentes do
fornecimento de bens e serviços à Itaipu Binacional; e
e) às Sobras apuradas na Demonstração
do Resultado do Exercício, no montante destinado a formação dos Fundos de
Reserva e de Assistência Técnica, Educacional e Social, previstos no art. 28 da
Lei nº 5.764,
de 1971.
Normativo: |
Lei nº 9.718, de 1998,
art. 3º, § 2º (c/red.
dada pela MP nº 2.158-35, de 2002, art. 2º; Lei nº 10.676, de 2003,
art. 1º, § 2º; Decreto Legislativo nº 23, de 1973, art.
XII, alínea “b” (Tratado Brasil/Paraguai – Itaipu binacional); e IN SRF nº 247, de 2002,
arts. 23 e 44, I. |
820 |
Em que hipótese a
Sociedade cooperativa é também sujeito passivo na condição de responsável
pelo recolhimento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins? |
A
sociedade cooperativa que se dedica a vendas em comum, referida no art. 82 da
Lei nº 5.764,
de 1971, que recebe para comercialização produtos de suas associadas, é
responsável pelo recolhimento das contribuições incidentes sobre o valor das
correspondentes receitas.
As
demais cooperativas que realizam repasses de valores aos associados decorrentes
da comercialização de produtos por eles entregues à cooperativa, também são
responsáveis pelos recolhimentos das aludidas contribuições.
Notas: |
O valor das contribuições
recolhidas pela cooperativa deverá ser por ela informado, individualizadamente,
às suas associadas, juntamente com o montante do faturamento relativo às
vendas dos produtos de cada uma delas, com vistas a atender aos procedimentos
contábeis exigidos pela legislação. |
Normativo: |
Lei nº 9.430, de 1996, art.
66; MP nº 2.158-35, de 2001, art. 16; e IN SRF nº 247, de 2002,
art. 7º. |
821 |
Quais são as
receitas isentas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins? |
São
isentas das citadas contribuições:
1) os recursos recebidos a título de repasse,
oriundos do Orçamento Geral da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, pelas empresas públicas e sociedades de economia mista;
2) as receitas relativas à exportação
de mercadorias para o exterior;
3) as receitas de serviços prestados
à pessoa física ou jurídica residente ou domiciliados no exterior, cujo
pagamento represente ingresso de divisas;
4) as receitas relativas ao
fornecimento de mercadorias ou serviços para uso ou consumo de bordo em embarcações
e aeronaves em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moeda
conversível;
5) as receitas de transporte internacional de cargas ou passageiros;
6) as receitas auferidas
pelos estaleiros navais brasileiros nas atividades de construção, conservação,
modernização, conversão e reparo de embarcações pré-registradas ou registradas
no Registro Especial Brasileiro - REB, instituído pela Lei nº 9.432, de 1997;
7) as receitas de frete
de mercadorias transportadas entre o País e o exterior, na importação e
exportação, pelas embarcações registradas no REB, de que trata a Lei nº 9.432, de 1997,
art. 11, § 3º e
oDecreto nº 2.256, de 1997, art.
6º;
8) as receitas de vendas
realizadas pelo produtor-vendedor às empresas comerciais exportadoras nos termos
do Decreto-Lei nº 1.248,
de 1972, desde que destinadas ao fim específico de exportação para o exterior;
9) as receitas de vendas,
com fim específico de exportação para o exterior, a empresas exportadoras
registradas na Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
10) as receitas da
atividade própria das entidades referidas no art. 13 da MP nº 2.158-35, de 2001;
11) as receitas auferidas
pela Itaipu Binacional com a venda de energia elétrica, e
12) a receita auferida
pelas instituições privadas de ensino superior, com fins lucrativos ou sem fins
lucrativos não beneficente, que aderir ao Programa Universidade para Todos (Prouni) , decorrentes da
realização de atividades de ensino superior, proveniente de cursos de graduação
ou cursos seqüenciais de formação específica.
Notas: |
As receitas da atividade própria
das entidades listadas no art. 13 da MP nº 2.158-35, de 2001, são isentas
apenas da Cofins. As referidas entidades não
são contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep sobre o faturamento, mas
sim da Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários.
|
Normativo: |
MP 2.158-35, de 2001, art. 14; eLei nº 10.925, de 2004, art.14. |
822 |
As empresas de
propaganda e publicidade podem excluir da base de cálculo da Contribuição
para o PIS/Pasep e Cofins as importâncias pagas ou transferidas a outras
empresas pela veiculação de mídia (rádios, televisões, jornais etc)? |
Sim.
As empresas de propaganda e publicidade podem excluir da base de cálculo das
mencionadas contribuições, os valores pagos diretamente ou repassados a
empresas de rádio, televisão, jornais e revistas.
Normativo: |
Lei nº 10.925, de 2004,
art. 13. |
823 |
Qual o tratamento
dado no caso da empresa comercial exportadora não efetuar a exportação dos
produtos adquiridos com o fim específico de exportação, inclusive para a
Contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins não-cumulativos de que tratam as Lei nº 10.637, de 2002 e nº 10.833 de 2003? |
A
empresa comercial exportadora que utilizar ou revender no mercado interno,
produtos adquiridos com o fim específico de exportação, ou que no prazo de 180
(cento e oitenta) dias, contado da data da emissão da nota fiscal de venda pela
empresa produtora, não efetuar a exportação dos produtos para o exterior, fica
obrigada, cumulativamente ao pagamento:
a) das contribuições incidentes sobre
os produtos adquiridos e não exportados, não recolhidas pela empresa vendedora;
b) das contribuições incidentes sobre
o seu faturamento, na hipótese de revenda no mercado interno; e
c) do valor correspondente ao
ressarcimento do crédito presumido de IPI atribuído à empresa produtora
vendedora.
Notas: |
1) Os pagamentos a que se
referem às letras “a” a “c”, devem ser efetuados acrescidos de multa de mora
ou de ofício, juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente
até o mês anterior ao do pagamento e, de 1% (um por cento) no mês do
pagamento. 2) A multa de mora e os juros
equivalente à taxa Selic, devem ser calculados a partir do primeiro dia do
mês subseqüente ao da emissão da nota fiscal de venda dos produtos para a
empresa comercial exportadora até o último dia do mês anterior ao do pagamento |
Normativo: |
Lei nº 9.363, de 1996,
art. 2º, §§ 4º ao 7º;Lei nº 10.637, de 2002,
art. 7º;Lei nº 10.833, de 2003, art. 9º; eIN SRF nº 247, de 2002,
art. 98. |
824 |
Qual é a base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep - Folha
de Salários? |
A
base de cálculo é o valor total da folha de pagamento mensal de salários de
seus empregados.
A
folha de pagamento mensal compreende os valores dos rendimentos do trabalho
assalariado de qualquer natureza, tais como salários, gratificações, comissões,
adicional de função, ajuda de custo, aviso prévio trabalhado, adicional de
férias, qüinqüênios, adicional noturno, horas extras,
13º salário,
repouso semanal remunerado e diárias superiores a cinqüenta por cento do
salário.
Notas: |
Não integram a base de cálculo
os valores relativos: ao salário família, ao tíquete alimentação, ao vale
transporte, ao aviso prévio indenizado, as férias e licença-prêmio
indenizadas, incentivo pago em decorrência de adesão a Plano de Demissão
Voluntária – PDV, ao FGTS pago diretamente ao empregado decorrente de
rescisão contratual e outras indenizações por dispensa, desde que dentro dos
limites legais. |
Normativo: |
IN SRF nº 247, de 2002, art. 51. |
825 |
Quais são os
contribuintes da Contribuição para o PIS/Pasep - Folha de Salários? |
São
contribuintes, as seguintes entidades:
a) os templos de
qualquer culto;
b)
os partidos políticos;
c)
as instituições de educação e de assistência social que preencham as condições
e requisitos do art. 12 da Lei nº
9.532, de 1997;
d)
as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as
associações, que preencham as condições e requisitos do art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;
e) os sindicatos, federações e confederações;
f) os serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
g) os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
h) as fundações de direito privado e fundações públicas
instituídas ou mantidas pelo Poder Público;
i) os condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou
comerciais;
j) as Organização das Cooperativas
Brasileiras (OCB) e Organizações Estaduais de Cooperativas previstas no art.
105 e seu § 1º da
Lei nº 5.764,
de 1971; e
l) as cooperativas que fizerem uso das exclusões previstas no art.
15 da MP nº 2.158-35,
de 2001.
Notas: |
1) As entidades que contribuem para
a Contribuição para o PIS/Pasep - Folha de Salários estão isentas da Cofins
sobre as receitas relativas às suas atividades próprias. 2) Consideram-se receitas
derivadas das atividades próprias somente aquelas
decorrentes de contribuições, doações, anuidades ou mensalidades fixadas por
lei, assembléia ou estatuto, recebidas de associados ou mantenedores, sem
caráter contraprestacional direto, destinadas ao seu custeio e ao
desenvolvimento dos seus objetivos sociais. 3) As cooperativas que fizerem
uso das exclusões previstas no art. 15 da MP nº 2.158-35, de 2001, além de
contribuírem sobre o faturamento (receita bruta) contribuirão também para a
Contribuição para o PIS/Pasep incidente sobre a folha de salários. |
Normativo: |
MP nº 2.158-35, de 2001,
art. 13. |
7. MODELO (sugestão) DE ESTATUTO
DE ASSOCIAÇÃO
CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS
Art.1º
– A(o)
......................................................................................
também designada (o) pela sigla, ....................
(se usar sigla), fundada (o) em .......... de ............... de .............
é uma associação, sem fins econômicos, que terá
duração por tempo indeterminado, sede no Município de .............................
Estado de .........................., na rua (avenida)
..................... (Bairro) e foro em ..................................
.
Art.2º - A Associação tem por finalidade(s) .........................................................
.
Art.3º – No desenvolvimento de suas atividades, a Associação não fará qualquer
discriminação de raça, cor, sexo ou religião.
Art.4º – A Associação poderá ter um Regimento Interno, que aprovado pela
Assembléia Geral, disciplinará o seu funcionamento.
Art.5º – A fim de cumprir sua(s) finalidade(s), a Associação poderá
organizar-se em tantas unidades de prestação de serviços, quantas se fizerem
necessárias, as quais se regerão pelo Regimento Interno.
CAPÍTULO II
DOS ASSOCIADOS
Art.6º
– A Associação é constituída por número ilimitado de associados, que serão
admitidos, a juízo da diretoria, dentre pessoas idôneas.
Art. 7º - Haverá as seguintes categorias de associados:
1)
– Fundadores, os que assinarem a ata de fundação da Associação;
2)
– Beneméritos, aqueles aos quais a Assembléia Geral
conferir esta distinção, espontaneamente ou por proposta da diretoria, em
virtude dos relevantes serviços prestados à Associação.
3)
– Honorários, aqueles que se fizerem credores dessa
homenagem por serviços de notoriedade prestados à Associação, por proposta da
diretoria à Assembléia Geral;
4)
– Contribuintes, os que pagarem a mensalidade estabelecida pela Diretoria.
Art. 8º – São direitos dos associados quites com suas obrigações sociais:
I
– votar e ser votado para os cargos eletivos;
II
– tomar parte nas assembléias gerais.
Parágrafo
único. Os associados beneméritos e honorários não terão direito a voto e nem
poderão ser votados.
Art. 9º – São deveres dos associados:
I
– cumprir as disposições estatutárias e regimentais;
II
– acatar as determinações da Diretoria.
Parágrafo único. Havendo justa
causa, o associado poderá ser demitido ou excluído da Associação por decisão da
diretoria, após o exercício do direito de defesa. Da decisão caberá recurso à
assembléia geral.
Art. 10 – Os associados da entidade não respondem, nem mesmo subsidiariamente,
pelas obrigações e encargos sociais da instituição.
CAPÍTULO III
DA ADMINISTRAÇÃO
Art.
11 – A Associação será administrada por:
I
– Assembléia Geral;
II
– Diretoria; e
III
– Conselho Fiscal.
Art. 12 – A Assembléia Geral, órgão soberano da instituição, constituir-se-á
dos associados em pleno gozo de seus direitos estatutários.
Art. 13 – Compete à Assembléia Geral:
I
– eleger a Diretoria e o Conselho Fiscal;
II
– destituir os administradores;
III
– apreciar recursos contra decisões da diretoria;
III
– decidir sobre reformas do Estatuto;
III
– conceder o título de associado benemérito e honorário por proposta da
diretoria;
IV
– decidir sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar
bens patrimoniais;
V
–decidir sobre a extinção da entidade, nos termos do
artigo 33;
VI
– aprovar as contas;
VII
– aprovar o regimento interno.
Art. 14 – A Assembléia Geral realizar-se-á, ordinariamente, uma vez por ano
para:
I
– apreciar o relatório anual da Diretoria;
II
– discutir e homologar as contas e o balanço aprovado pelo Conselho Fiscal.
Art.
15 – A Assembléia Geral realizar-se-á, extraordinariamente, quando convocada:
I
– pelo presidente da Diretoria;
II
– pela Diretoria;
II
– pelo Conselho Fiscal;
III
– por requerimento de 1/5 dos associados quites com as obrigações sociais.
Art. 16 – A convocação da Assembléia Geral será feita por meio de edital
afixado na sede da Instituição, por circulares ou outros meios convenientes,
com antecedência mínima de (número) ........ dias.
Parágrafo
único – Qualquer Assembléia instalar-se-á em primeira convocação com a maioria
dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número, não exigindo a
lei quorum especial.
Art. 17 – A Diretoria será constituída por um Presidente, um Vice-Presidente,
Primeiro e Segundo Secretários, Primeiro e Segundo Tesoureiros.
Parágrafo Único – O mandato da diretoria será de (número) .............. anos, vedada mais de uma reeleição consecutiva.
Art. 18 – Compete à Diretoria:
I
– elaborar e executar programa anual de atividades;
II
– elaborar e apresentar, à Assembléia Geral, o relatório anual;
III
– estabelecer o valor da mensalidade para os sócios contribuintes;
IV
– entrosar-se com instituições públicas e privadas para mútua colaboração em
atividades de interesse comum;
V
– contratar e demitir funcionários;
VI
– convocar a assembléia geral;
Art. 19 – A diretoria reunir-se-á no mínimo ..........
Art. 20 – Compete ao Presidente:
I
– representar a Associação ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente;
II
– cumprir e fazer cumprir este Estatuto e o Regimento Interno;
III
– convocar e presidir a Assembléia Geral:
IV
– convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
V
– assinar, com o primeiro tesoureiro, todos os cheques, ordens de pagamento e
títulos que representem obrigações financeiras da Associação;
Art. 21 – Compete ao Vice-Presidente:
I
– substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos;
II
– assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término;
III
– prestar, de modo geral, a sua colaboração ao Presidente.
Art. 22 – Compete o Primeiro Secretário:
I
– secretariar as reuniões da Diretoria e Assembléia Geral e redigir as atas;
II
– publicar todas as notícias das atividades da entidade
Art. 23 – Compete ao Segundo Secretário:
I
– substituir o Primeiro Secretário em suas faltas ou impedimentos;
II
– assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término; e
III
– prestar, de modo geral, a sua colaboração ao primeiro secretário.
Art. 24 – Compete ao Primeiro Tesoureiro:
I
– arrecadar e contabilizar as contribuições dos associados, rendas, auxílios e
donativos, mantendo em dia a escrituração;
II
– pagar as contas autorizadas pelo Presidente:
III
– apresentar relatórios de receita e despesas, sempre que forem solicitados:
IV
– apresentar o relatório financeiro para ser submetido à Assembléia Geral;
V
– apresentar semestralmente o balancete ao Conselho Fiscal;
VI
– conservar, sob sua guarda e responsabilidade, os documentos relativos à
tesouraria;
VII
– manter todo o numerário em estabelecimento de crédito;
VIII
– assinar, com o presidente, todos os cheques, ordens de pagamento e títulos
que representem obrigações financeiras da Associação;
Art. 25 – Compete ao Segundo Tesoureiro:
I
– substituir o Primeiro Tesoureiro em suas faltas ou impedimentos;
II
– assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término;
III
– prestar, de modo geral, a sua colaboração ao Primeiro Tesoureiro.
Art. 26 – O Conselho Fiscal será constituído por (número) ............... membros, e seus respectivos suplentes, eleitos pela
Assembléia Geral.
§1º
– O mandato do Conselho Fiscal será coincidente com o mandato da Diretoria.
§2º
– Em caso de vacância, o mandato será assumido pelo respectivo suplente, até
seu término.
Art. 27 – Compete ao Conselho Fiscal:
I
– examinar os livros de escrituração da entidade;
II- examinar o balancete semestral apresentado pelo Tesoureiro,
opinando a respeito;
III
– apresentar relatórios de receitas e despesas, sempre que forem solicitados.
IV
– opinar sobre a aquisição e alienação de bens.
Parágrafo
Único – O Conselho reunir-se-á ordinariamente a cada (número)
............. meses e, extraordinariamente,
sempre que necessário.
Art. 28 – As atividades dos diretores e conselheiros, bem como as dos
associados, serão inteiramente gratuitas, sendo-lhes vedado o recebimento de
qualquer lucro, gratificação, bonificação ou vantagem.
Art. 29 – A instituição não distribuirá lucros, resultados, dividendos,
bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio, sob nenhuma forma ou
pretexto.
Art. 30 – A Associação manter-se-á através de contribuições dos associados e de
outras atividades, sendo que essas rendas, recursos e eventual resultado
operacional serão aplicados integralmente na manutenção e desenvolvimento dos
objetivos institucionais, no território nacional.
CAPÍTULO IV
DO PATRIMÔNIO
Art.
31 – O patrimônio da Associação será constituído de bens móveis, imóveis, veículos,
semoventes, ações e apólices de dívida pública.
Art. 32 – No caso de dissolução da Instituição, os bens remanescentes serão
destinados a outra instituição congênere, com personalidade jurídica, que
esteja registrada no Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS ou entidade
Pública.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art.
33 – A Associação será dissolvida por decisão da Assembléia Geral
Extraordinária, especialmente convocada para esse fim, quando se tornar
impossível a continuação de suas atividades.
Art. 34 – O presente estatuto poderá ser reformado, em qualquer tempo, por
decisão de 2/3 (dois terços) dos presentes à assembléia geral especialmente
convocada para esse fim, não podendo ela deliberar, em primeira convocação, sem
a maioria absoluta dos associados, ou com menos de 1/3 (um terço) nas
convocações seguintes, e entrará em vigor na data de seu registro em cartório.
Art. 35 – Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria e referendados pela
Assembléia Geral.
O presente estatuto foi aprovado pela assembléia geral realizada no dia
...../...../........ .
Cidade, em ............ de
...................... de 2004.
Nome e assinatura do presidente