EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ
DE DIREITO DA ............... VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE
..............................
(dez espaços duplos para
despacho do Juiz)
.......................... e ................, menores
impúberes, residentes e domiciliados na Rua .................., ..........,
Bairro ......................, nesta cidade, representados por sua genitora .........................., brasileira,
casada, doméstica, portadora do RG ............................e CPF ..........................,
por seu advogado in fine,
procuração em anexo(doc. 01), vêm, com o devido respeito, à presença de Vossa
Excelência propor a presente AÇÃO de ALIMENTOS em face de ......................,
brasileiro, casado, técnico em contabilidade, portador do RG ..........................
e CPF ......................................,
residente e domiciliado na Rua ......................................., ...........,
................., ................/...., pelos motivos que passa a expor:
I - DOS FATOS
1º. A representante dos
Requerentes conheceu o Requerido, na cidade de ..................../
.., onde começaram a namorar; resultando em uma união, sob o mesmo teto, com
matrimônio válido; em outras palavras: casamento(doc. 02).
2º. Durante o início desta
convivência familiar, o Requerido assumiu com responsabilidade o seu papel de
pai de família, sempre zelando pela harmonia no lar.
3º. Na constância deste casamento,
nasceram ........... ....,
com oito anos de idade, hoje e ...... ........,
que, neste ano, completou 6 anos de idade, certidões de nascimento em
anexo(docs. 03 e 04).
4º. Após o início desta
convivência, o Requerido tornou-se um alcoólatra e irresponsável no trato com a
família.
5º. Assim, a representante dos
Requerentes, para ajudar na renda familiar, trabalhava em residências, como
empregada doméstica, deixando os filhos em creche, sendo que, às vezes, a
irresponsabilidade do Requerido chegava a tanto, que era preciso esconder o seu
salário, pois, senão, este pegaria para tomar suas bebidas em bares.
6º. Atualmente, esta continua
trabalhando na mesma profissão, em busca de uma sobrevivência para seus filhos,
pois tem que arcar sozinha com as despesas para a manutenção do lar.
7º. O Requerido, com esta conduta,
deu motivos suficientes para que a representante dos Requerentes deixasse de
conviver sob o mesmo teto, e, até esta data, aquele não presta qualquer ajuda,
quer moral, quer material ou financeira para criar e educar os menores.
8º. É intolerável a atitude de um
homem que tinha um lar digno de respeito, agir assim sem dar qualquer
satisfação, ou sem apresentar uma razão para tal. No entanto, vale salientar
que a mãe é um exemplo de mulher, vivendo quase a míngua para criar os filhos.
9º. Apesar da obrigação da
manutenção material do filhos competir a ambos, ocorre
que as despesas vêm aumentando significativamente, tendo em vista que as
crianças precisam de estudo, roupas, melhor alimentação, e a mãe dos Requerentes
não está conseguindo, apenas com seus rendimentos, manter o lar, necessitando,
desta forma, da obrigação do ex-companheiro, em prestar alimentos às crianças.
10º. Desta forma os Requerentes
exigem seus direitos, direitos estes, no sentido de que o Requerido exerça sua
obrigação de prestação de alimentos, pois a mãe é pessoa pobre, conforme faz
prova o atestado de pobreza anexo(doc. 05), e dispõe
de baixa renda, insuficiente para manter sua família, isto é, não tem meios de
prover a subsistência da família.
11º. O Requerido exerce a
profissão de contabilista, percebendo uma renda mensal de cinco (05) salários
mínimos.
12º. Não são necessários grandes
esforços de argumentação para se demonstrar a situação da genitora
que arca sozinha para a sobrevivência dos menores.
II - DO DIREITO
1º. É direito preliminar do ser
humano a sobrevivência, e constitui meios fundamentais para a sua realização os
alimentos, o vestuário, o abrigo, e inclusive a assistência médica no momento
em caso de doença.
2º. Vemos na presente Ação, a
dificuldade que passa a genitora dos Requerentes, que
ora mantém os filhos sob sua proteção, às custas de
muito sacrifício a partir do rompimento da união, pois a si cabia o encargo,
haja vista a necessidade da presença da figura materna na formação da
personalidade dos filhos menores.
3º. É de interesse do Estado assegurar a proteção das gerações novas, pois elas
constituem matéria-prima da sociedade futura, e assim se espera que o Estado
venha a dizer o direito aos Requerentes, exercendo desta forma a jurisdição que
lhe compete.
4º. Indeclinável é o dever do
Requerido em prestar alimentos aos filhos menores, que necessitam atualmente de
pelo menos um salário mínimo e meio a mais por mês, para a manutenção e
sobrevivência de ambos, sendo que o pai tem condições financeiras para
satisfazer o valor pedido.
5º. O pedido formulado é
juridicamente possível, uma vez que contém todos os requisitos indispensáveis à
sua eficácia.
A ação de alimentos é disciplinada
pela Lei nº 5.478-68 e o seu artigo 2º, prevê que o credor "exporá suas necessidades, provando
apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar ao devedor...".
6º. No caso dos Requerentes, resta
demonstrado seu estado de necessitade e o fato de sua
representante não poder prover o seu sustento, e, ainda, são filhos legítimos
do casal, conforme faz prova as cópias das certidões de
nascimento anexas.
Feitas estas considerações, tem-se
que a prestação alimentícia é medida de justiça, vez que esta obrigação do
Requerido ficou demonstrada.
7º. Ante a resistência pela
prestação alimentícia mensal, pelo Requerido, não resta outra opção aos
Requerentes senão buscar através do presente pedido a necessária prestação
jurisdicional, a fim de proteger o direito de seus filhos.
III - DO PEDIDO
Por todo exposto, restando
evidenciado o direito inexpugnável dos Requerentes, requer a Vossa Excelência:
1º. A fixação de alimentos
provisórios no valor de 1,5 (um e meio) salário mínimo, com base no disposto no
Art. 4º da Lei 5.478, de 25 de julho de 1978, que deverá ser depositado em
conta corrente a ser aberta em nome da representante legal dos Requerentes ...........................
2º. A citação do Requerido ..........................., no endereço
supracitado, por carta precatória, para responder a presente Ação de Alimentos,
nos termos da Lei nº 5.478, de 25.07.68., sob pena de
revelia, além de confissão quanto à matéria de fato segundo procedimento
daquele instrumento.
3º. A intervenção no feito, do
ilustre Representante do Ministério Público que atua nessa Vara.
4º. A procedência do pedido para
condenar o requerido ao pagamento de alimentos aos filhos, ora
Requerentes, em definitivo, conforme dispõe a Lei de Alimentos nº 5.478/68, pois, na sua profissão, a renda lhe
proporciona condições para efetuar tal pensão.
5º. A condenação do Requerido nas
custas e honorários advocatícios, estes, á base de 20% do valor da causa.
6º. O protesto por todos os meios
de provas em direito admitidas, em especial a oitiva de testemunhas e o
depoimento pessoal do requerido, sob pena de confesso.
7º. A concessão dos benefícios da
Gratuidade de Justiça, uma vez que a representante dos Requerentes não tem
condições de pagar as custas do processo, sem prejuízo
do sustento próprio e de sua família.
Dá-se a presente causa o valor de
R$ 1.440,00 (hum mil, quatrocentos e quarenta reais),
que é o valor referente a doze meses de alimentos.
Nestes Termos
Pede e Espera
Deferimento
.........................
....., de ....................... de
..................
Advogado
OAB