Capitais Brasileiros no Exterior - Declaração Anual - Data-Base 2009

 

 

CAPITAIS BRASILEIROS NO EXTERIOR - CBE

 

O Banco Central do Brasil está recebendo declarações de Capitais Brasileiros no Exterior dos residentes no País detentores de valores de quaisquer naturezas, de ativos em moeda, de bens e direitos mantidos fora do território nacional, que totalizem montante igual ou superior ao equivalente a US$100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos).

 

As informações referentes ao ano de 2009, com data-base em 31 de dezembro, devem ser declaradas a partir das 9h de 7 de junho de 2010 até as 20h de 30 de julho de 2010. A entrega da declaração fora desse prazo, assim como a entrega com erro ou vício ou a não entrega da declaração, sujeita o infrator à aplicação de multa pelo Banco Central do Brasil.

 

A Declaração pode ser feita diretamente na página do Banco Central do Brasil, ou utilizando o Programa Declaração (download) que deverá ser instalado no computador do declarante.

 

Contato com o Banco Central do Brasil:

Fone: (61) 3414-3001

E-mail: cbe@bcb.gov.br

 

Programa Declaração para download (Versão 1.92) (EXE - 3.415 Kb)

 

Declaração on-line

 

Consulta a situação do processamento

 

Todos os campos são de preenchimento obrigatório

Dados da declaração

Protocolo 

 

 

Tipo de pessoa 

Jurídica Física

 

 

CNPJ 

CPF 

 

 

 

 

PERGUNTAS E RESPOSTAS

 

Em qual ficha declarar (em ordem alfabética)?

 

Adiantamento para futuro aumento de capital - AFAC

R.: Declarar na ficha “Empréstimo em Moeda”, considerando a data prevista de capitalização como data para o pagamento da parcela de principal.

 

Aceite bancário (banker’s acceptance)

R.: Declarar na ficha “Portfólio: Título de Dívida”

 

Ações de empresas no exterior (ou quotas, ou qualquer outra forma de participação no capital de uma empresa)?

R.: Se a participação for igual ou maior que 10% do capital da empresa receptora do investimento, declarar na ficha “Investimento Direto”. Caso contrário, declarar na ficha “Portfólio: Participação Societária”.

 

“American Depositary Receipt”?

R.: Declarar na ficha “ Portfólio: Participação Societária”.

 

CDBs - Certificados de Depósito Bancário (“Certificate of Deposit” ou “Time Deposit”) no exterior?

R.: Declarar na ficha “Portfólio: Título de Dívida”.

 

“Certificate of Deposit” ou “Time deposit” (CDBs - Certificados de Depósito Bancário) no exterior?

R.: Declarar na ficha “Portfólio: Título de Dívida”.

 

Contrato mútuo?

R.: Declarar na ficha “Empréstimo em Moeda”.

 

Exportação financiada?

R.: Declarar na ficha “Financiamento e Leasing/Arrendamento Financeiro” apenas os financiamentos concedidos com recursos próprios e, quando vinculados à exportação de mercadorias, desde que estejam registradas no Siscomex e cujo prazo de pagamento exceda a 180 dias, contados da data de embarque.

 

Fiex - Fundo de Investimento no Exterior?

R.: Declarar na ficha “Portfólio: Título de dívida”. A ser declarado apenas pelos seus administradores (instituições financeiras). Fundo de investimento no exterior representado por 80%, no mínimo, em títulos representativos da dívida externa da União e 20%, no máximo, em outros títulos de crédito.

 

Fundo mútuo de ações (“stock mutual funds”)?

R.: Declarar na ficha “ Portfólio: Participação Societária”.

 

Imóvel no exterior?

R.: Declarar na ficha “Outros Investimentos”.

 

Money market funds (fundos com aplicação principal em títulos do mercado financeiro de curto prazo – p. ex. “Treasury bills”, “commercial papers”, “banker’s acceptances, CDs)?

R.: Declarar na ficha "Portfólio: Título de Dívida".

 

Pagamento antecipado de importação?

R.: Declarar na ficha “Outros Investimentos”, desde que respaldadas em operações comerciais de importação de máquinas e equipamentos com longo ciclo de produção ou de fabricação sob encomenda, registradas no Siscomex e com antecipação superior a 180 dias à data prevista ao embarque. Nestes casos no campo “País de aquisição” informar o país de origem do bem.

 

Quotas de empresas no exterior (ou ações, ou qualquer outra forma de participação no capital de uma empresa)?

R.: Se a participação for igual ou maior que 10% do capital da empresa receptora do investimento, declarar na ficha “Investimento Direto”. Caso contrário, declarar na ficha “Portfólio: Participação Societária”.

 

Offshore deposits?

R.: Declarar na ficha “Depósitos no exterior”.

 

Participação no capital de empresas no exterior?

R.: Se a participação for igual ou maior que 10% do capital da empresa receptora do investimento, declarar na ficha “Investimento Direto”. Caso contrário, declarar na ficha “Portfólio: Participação Societária”.

 

Plano de previdência privada contratado no exterior?

R.: Declarar na ficha “Outros Investimentos”.

 

Poupança (“Saving account”)?

R.: Declarar na ficha “Depósito no Exterior”.

 

“Saving account” (poupança)?

R.: Declarar na ficha “Depósito no Exterior”.

 

“Stock mutual funds” (fundo mútuo de ações)?

R.: Declarar na ficha “ Portfólio: Participação Societária”.

 

“Stock options” (Opções sobre ações)?

R.: Declarar na ficha “Derivativo: Opção”.

 

“Time deposit” ou “Certificate of Deposit” (CDBs - Certificados de Depósito Bancário) no exterior?

R.: Declarar na ficha “Portfólio: Título de Dívida”.

 

“Trusts”?

R.: Declarar na ficha “Outros Investimentos”.

 

Quem deve declarar Capitais Brasileiros no Exterior

 

1) Como posso saber se sou considerado "residente, domiciliado ou com sede no País" para fins da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior?

Resposta: A Resolução nº 3.854, de 27 de maio de 2010, estipulou que o conceito válido para definir se uma pessoa física ou jurídica é "residente, domiciliado ou com sede no País" é o da legislação tributária.

As informações a esse respeito podem ser obtidas na página da Receita Federal

(http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/guia/conceitosbásicos.htm).

 

2) Estrangeiros que adquiriram a condição de residentes ou domiciliados no País (conforme a legislação tributária) devem declarar seus ativos adquiridos/originados anteriormente à obtenção dessa condição?

Resposta: Sim. A Resolução nº 3.854, de 2010, estipulou que as pessoas físicas residentes ou domiciliadas no País devem declarar os valores de qualquer natureza, os ativos em moeda e os bens e direitos detidos fora do território nacional sem distinção de datas, formas e meios de aquisição.

 

3) Os "residentes, domiciliados ou com sede no País" que já fazem a Declaração de Bens e Rendimentos à Secretaria da Receita Federal devem efetuar a Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior?

Resposta: Sim, desde que possuam ativos no exterior em valores a partir de US$100 mil. A Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior destina-se principalmente à coleta de dados de cunho estatístico, com objetivo de mapear quadro mais preciso dos capitais brasileiros no exterior e conhecer a composição do passivo externo líquido do País.

 

4) Os servidores públicos que trabalham fora do Brasil e recebem obrigatoriamente seus proventos por meio de instituições financeiras fora do território nacional devem declarar?

Resposta: Sim. Qualquer pessoa física e jurídica considerada residente, domiciliada ou com sede no País pela legislação tributária deve declarar bens, valores e direitos que totalizem montante igual ou superior a US$ 100.000,00 ou seu equivalente em outras moedas.

 

5) Os bens e ativos adquiridos exclusivamente com rendas auferidas no exterior devem ser declarados?

Resposta: Sim. Todos os valores, bens e direitos que totalizem montante igual ou superior a US$ 100.000,00 ou seu equivalente em outras moedas, devem ser declarados independente da origem dos recursos.

 

Informações acerca da Declaração e do Preenchimento

 

1) Existe algum Manual que possa orientar o Declarante?

Resposta: Sim. O usuário que optar pela versão do programa-declaração da Declaração de Capitais Brasileiros, disponível na página do Banco Central na Internet (www.bcb.gov.br), deve acessar o "Manual do Declarante", documento que contêm informações gerais para preenchimento e envio das declarações. Este documento está sob o formato PDF e o ícone que lhe segue permite obter informações e acesso a “download” gratuito do software “Adobe Acrobat Reader”, necessário a sua visualização e impressão.

O usuário que optar pela versão on-line da Declaração de Capitais Brasileiros conta com a opção “Ajuda” na tela inicial e em cada uma das telas da Declaração (opção disponível na barra de ferramentas do sistema).

 

2) Como posso preencher e entregar a declaração?

Resposta: A declaração deve ser preenchida e enviada eletronicamente ao Banco Central do Brasil por meio de aplicativo próprio ou por versão on-line disponibilizadas na página www.bcb.gov.br .

Não há previsão regulamentar para outra modalidade de entrega e nem para outro modelo de formulário.

 

3) Como posso obter melhores informações acerca do código CNAE exigido no cadastramento do declarante e de pessoas no exterior?

Resposta: O aplicativo e a versão on-line da declaração de Capitais Brasileiros no Exterior disponibilizam resumo da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, versão 2.0. Mais informações, incluindo a busca de código por atividade econômica, podem ser encontradas na página do IBGE no endereço: http://www.ibge.gov.br/

 

4) É possível agregar informações na Declaração para simplificar/facilitar o preenchimento?

Resposta: De acordo com o Manual do Declarante podem ser agregadas/agrupadas informações em qualquer modalidade/ficha (Depósitos no Exterior, Investimento Direto, etc.) desde que seja coincidente o país em que estão os recursos/bens/direitos, a moeda e a característica dos ativos que se pretende agrupar.


 

6) Qual procedimento deve ser adotado para imprimir relatórios/fichas preenchidas?

Resposta: Localize na parte esquerda do formulário eletrônico, abaixo do “Explorer”, a opção “Relatório”. Selecione com dois cliques o relatório desejado, após a abertura do relatório, selecione o ícone da impressora. Para retornar, selecione “Fechar”.

 

7) Como devem ser declarados valores existentes fora do território nacional em contas conjuntas?

Resposta: Quando dois titulares se caracterizarem como residentes ou domiciliados no País - conforme a legislação tributária - e o saldo da conta for igual ou superar o valor estipulado na Resolução nº 3.854, de 2010, eles devem declarar separadamente, observado o percentual de participação de cada titular, mesmo quando este percentual individualizado, isoladamente, não alcance o referido valor.

No caso de conta conjunta de residentes e não-residentes, a declaração deve ser feita apenas em nome do residente e pelo valor de sua participação no total da aplicação.

 

8) Como preencher o campo "Valor" nas fichas "Derivativo: Opção", "Investimento Direto" e "Portfólio"?

Resposta: Caso as aplicações (opções, ações, certificados ou títulos) possuam cotação em bolsa de valores, multiplicar a cotação da aplicação em 31.12.2009 pelo nº de opções, ações ou títulos detidos pelo declarante na mesma data e informar este valor. Caso os ativos não sejam cotados em bolsa de valores, informar o valor total de cada aplicação e a data de aquisição de cada tipo de ativo.

 

Investimento direto

 

1) Como declarar o valor de lucros reinvestidos?

Resposta: Informar no campo “Valor do reinvestimento” na ficha “Investimento Direto” O campo destina-se a informar a participação proporcional do investidor no lucro líquido não distribuído pela empresa receptora do investimento

 

2) Como devo declarar lucros e dividendos recebidos durante o ano de 2009 se em 31.12.2009 o saldo do investimento direto encontrava-se zerado?

Resposta: Se os valores recebidos forem mantidos e reaplicados no exterior, informar na ficha corresponde à modalidade da aplicação vigente em 31.12.2009.

 

3) Como declarar direitos/ativos detidos no exterior na forma de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital - AFAC?

Resposta: Se na data-base da declaração o AFAC ainda não havia sido capitalizado, deve ser preenchida a Ficha "Empréstimo em Moeda". Caso contrário, tais recursos já devem ser considerados Investimento Direto.

 

4) Como declarar o valor dos investimento, se a empresa não possuir ações cotadas em bolsa?

Resposta: declarar o valor da aquisição e da data dela. Caso haja mais de uma, informar o somatório das mesmas e a data de aquisição da primeira.

 

Empréstimo

 

1) Qual valor devo declarar como “Valor original” na ficha “Empréstimo em Moeda”?

Resposta: O valor a ser informado é o valor contratado da operação, independente de eventuais amortizações já acontecidas até 31.12.2009.

 

2) Como devo informar o prazo original em meses, quando tenho período incompleto de mês?

Resposta: O prazo em meses deve ser informado desprezando-se período de até quinze dias e arredondando-se para um mês períodos superiores a quinze dias.

 

3) Como devo informar o número de parcelas a receber? Devo informar o número de parcelas original do contrato ou o número e parcelas a receber na data base de 31.12.2009?

Resposta: No campo "número de parcelas a receber" deve ser informado apenas o número de parcelas a receber (vincendas e vencidas e não pagas) em 31.12.2009.

 

4) Como devo informar os valores de parcelas futuras, cujo indexador é variável, como por exemplo, Taxa Libor?

Resposta: Usar opção “taxa variável” e selecionar a taxa de contratação, informando nos campos próprios apenas as datas de vencimento das parcelas a receber.

 

Financiamento e Leasing/Arrendamento Financeiro

 

1) Quem deve preencher a ficha “Financiamento e Leasing/Arrendamento Financeiro”?

Resposta: A ficha “Financiamento e Leasing/Arrendamento Financeiro” deve ser preenchida por residentes, domiciliados ou sediados no País, que em 31.12.2009, detinham saldos a receber, relativos a financiamentos e Leasing/Arrendamento Financeiro concedidos a não residente para aquisição de mercadoria ou serviços. Considera-se para efeitos de Capitais Brasileiros no Exterior, apenas os financiamentos concedidos com recursos próprios que, quando vinculados à exportação de mercadorias, estejam registrados no SISCOMEX. Não inclui portanto, valores de exportações brasileiras com prazo de pagamento de até 180 dias contados a partir da data de embarque, que são consideradas à vista e não financiadas.

 

Portfólio

 

1) Qual prazo deve ser informado no campo "Prazo original em meses" da ficha "Portfólio - Título de Dívida" ?

O prazo total dos títulos ou apenas o prazo remanescente?

Resposta: Deve ser informado o prazo total da aplicação, em meses. Se flexível ou indefinido, informar prazo menor ou igual a 12 meses se há intenção de permanecer com o investimento por curto prazo e maior que 12 meses por longo prazo.

 

Outros Investimentos

 

1)Como declarar direitos/ativos referentes a remessas efetuadas a Fundos de Pensão?

Resposta: Os direitos/ativos decorrentes de remessas efetuadas a Fundos de Pensão devem ser declarados na ficha "Outros Investimentos".

 

2) Em que ficha deve ser declarado a operação de "trust"?

Resposta: A operação de "trust" deve ser declarada na ficha "Outros Investimentos" salientando no campo "Objeto do Investimento" se é revogável ou não.

 

Informática

 

1) O usuário recebe a mensagem Servidor inacessível. Quais são as prováveis causas?

Também pode ocorrer com uma das seguintes mensagens:

Servidor "XYZ" inacessível. Verifique a sua rede.

Erro 100XX na conexão ao servidor "XYZ".

Resposta: Pode ser uma das causas abaixo:

• O firewall (sistema de proteção) da rede local do usuário está bloqueando o acesso ao serviço, impedindo a conexão à porta TCP 1024, para os servidores "psta.bcb.gov.br"

(200.218.208.91 e 200.218.209.91). O problema deve ser levado ao conhecimento do administrador da rede da instituição.

• Se no acesso à Internet for utilizado um modem, através de linha discada, a conexão pode não ter sido bem sucedida ou, eventualmente, ter caído. Deve ser tentada uma nova ligação telefônica. Também é possível, embora mais raro, que o provedor de acesso do usuário à Internet esteja bloqueando o serviço (porta 1024).

• Os computadores do Banco Central estão fora da Internet. Para verificar esta possibilidade deve ser acessada a página do Banco Central na Internet no endereço http://www.bcb.gov.br/. Caso consiga visualizar a página do Banco, muito provavelmente o problema será um dos dois mencionados acima.

 

2) No preenchimento de uma ficha com o campo do tipo data, o usuário recebe uma mensagem indicando que a data é inválida, quando aparenta estar no formato correto e no intervalo válido. Qual pode ser a causa?

Isto pode ocorrer quando o dia e/ou o mês estiverem no intervalo de 1 a 9

Resposta: O formato de data abreviada do sistema operacional pode estar diferente de “dd/MM/aaaa” (dois dígitos para o dia, dois para o mês e quatro para o ano). Isto é verificado no Painel de Controle, item “Opções regionais” ou correspondente. Na área de personalização, o campo para o formato da data abreviada deve ter a configuração indicada acima para que o CBE interprete corretamente as datas.

 

 

DECRETO-LEI 1.060, DE 21 DE OUTUBRO DE 1969

Dispõe sôbre a declaração de bens, dinheiros ou valôres, existentes no estrangeiro, a prisão administrativa e o seqüestro de bens por infrações fiscais e dá outras providências.

OS MINISTROS DA MARINHA DE GUERRA, DO EXÉRCITO E DA AERONÁUTICA MILITAR, no uso das atribuições que lhes confere o artigo 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de outubro de 1969, combinado com o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968,

DECRETAM:

Art. 1º Sem prejuízo das obrigações previstas na legislação do impôsto de renda, as pessoas físicas ou jurídicas ficam obrigadas, na forma, limites e condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, a declarar ao Banco Central do Brasil, os bens e valôres que possuírem no exterior, podendo ser exigida a justificação dos recursos empregados na sua aquisição.

Parágrafo único. A declaração deverá ser atualizada sempre que houver aumento ou diminuição dos bens, dinheiros ou valôres, com a justificação do acréscimo ou da redução.

Art. 2º Incluem-se entre as relações de qualquer natureza, de que trata o artigo 1º do Ato Complementar nº 42, de 27 de janeiro de 1969, as obrigações de caráter tributário, e as consistentes no recolhimento à Fazenda Pública de valôres arrecadados de terceiros, para êsse fim, e na declaração ao Banco Central do Brasil de bens, dinheiro ou valôres a que se refere o artigo anterior.

Parágrafo único. Consideram-se produto de enriquecimento ilícito os bens não declarados ou omitidos na declaração ao Banco Central do Brasil na forma do artigo anterior.

Art. 3º O Ministro da Fazenda, mediante despacho fundamentado, poderá propor à Justiça Federal a aplicação da pena de prisão administrativa, por prazo não superior a noventa (90) dias, de quem quer que se tenha locupletado, nos casos do artigo anterior, desde que haja indícios suficientes da existência do fato.

§ 1º Se o beneficiário fôr pessoa jurídica, a prisão recairá em seus diretores, administradores e gerentes.

§ 2º No caso do parágrafo anterior, havendo provas ou indícios veementes de locupletamento, poderá também ser decretada a prisão de sócios, prepostos ou outros.

§ 3º O Juiz que decretar a prisão interporá recurso ex officio ao Tribunal Federal de Recursos.

§ 4º No despacho que decretar a prisão administrativa, o juiz determinará o seqüestro dos bens do beneficiário, e, se se tratar de pessoa jurídica, também, de bens particulares de seus diretores, administradores, gerentes, prepostos ou sócios, suficientes para garantir o ressarcimento da lesão causada aos cofres públicos.

§ 5º Os bens seqüestrados nos têrmos dos parágrafos anteriores terão o seguinte destino até solução final do litígio:

a) o dinheiro será recolhido ao Banco do Brasil S.A., em conta especial;

b) os títulos de crédito e de renda e os títulos ou ações de participação em emprêsa ou valôres assemelhados serão depositados no Banco do Brasil S.A.;

c) os demais bens móveis serão depositados em órgãos da Secretaria da Receita Federal;

d) os imóveis serão entregues ao órgão responsável pelo patrimônio da União.

Art. 4º Os processos administrativos e judiciais referentes às infrações de que trata êste Decreto-lei deverão ser decididos ou julgados prioritàriamente.

Art. 5º Aplicam-se ao crime de sonegação fiscal, definido no artigo 1º da Lei nº 4.729, de 14 de julho de 1965, as normas que regulam a extinção da punibilidade dos crimes de apropriação idébita previstos no artigo 11, da Lei nº 4.357, de 16 de julho de 1964 e no artigo 2º do Decreto-lei nº 326, de 8 de maio de 1967.

Parágrafo único. O ressarcimento do dano não extingue a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando o infrator fôr reincidente, segundo definido na lei tributária.

Art. 6º As mercadorias de procedência estrangeira, declaradas perdidas em decisão final administrativa e, que não devam ser destruídas, poderão ser incorporadas ao patrimônio da Fazenda Nacional, vendidas em concorrência pública ou leiloadas.

Art. 7º O disposto nos artigos 2º, 3º, 4º e 5º, aplicam-se aos procedimentos administrativos ainda não definitivamente decididos.

Art. 8º Revogadas as disposições em contrário, êste Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 21 de outubro de 1969; 148º da Independência e 81º da República.

AUGUSTO HAMANN RADEMAKER GRÜNEWALD

AURÉLIO DE LYRA TAVARES

MÁRCIO DE SOUZA E MELLO

Luís Antonio da Gama e Silva

Antônio Delfim Netto

 

 

MEDIDA PROVISÓRIA 2.224, DE 4 DE SETEMBRO DE 2001.

Estabelece multa relativa a informações sobre capitais brasileiros no exterior e dá outras providências.

  O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62, da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1o O não-fornecimento de informações regulamentares exigidas pelo Banco Central do Brasil relativas a capitais brasileiros no exterior, bem como a prestação de informações falsas, incompletas, incorretas ou fora dos prazos e das condições previstas na regulamentação em vigor constituem infrações sujeitas à multa de até R$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais).

Parágrafo único. São considerados capitais brasileiros no exterior os valores de qualquer natureza, os ativos em moeda e os bens e direitos detidos fora do território nacional por pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no País, assim conceituadas na legislação tributária.

Art. 2o A multa prevista, a ser recolhida ao Banco Central do Brasil, aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no País que detenham, a partir de 5 de setembro de 2001, capitais brasileiros no exterior.

Parágrafo único. Aplica-se a multa, inclusive, às situações em que as pessoas referidas no caput não mais detenham posição de capitais brasileiros no exterior na data da requisição ou exigência da informação.

Art. 3o O valor máximo da multa prevista no art. 58 da Lei no 4.131, de 3 de setembro de 1962, e no art. 67 da Lei no 9.069, de 29 de junho de 1995, passa a ser de R$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais).

Art. 4o O art. 6o da Lei no 4.131, de 1962, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 6o ..................................................................................

Parágrafo único. O não-fornecimento das informações regulamentares exigidas, ou a prestação de informações falsas, incompletas, incorretas ou fora dos prazos e das condições previstas na regulamentação em vigor constituem infrações sujeitas à multa prevista no art. 58 desta Lei." (NR)

Art. 5o O Conselho Monetário Nacional baixará as normas necessárias ao cumprimento desta Medida Provisória.

Art. 6o Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 4 de setembro de 2001; 180o da Independência e 113o da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Pedro Malan

 

 

RESOLUCAO 3.854
                                                                    
                                 Dispõe sobre a declaração de bens  e
                                 valores  possuídos no  exterior  por
                                 pessoas    físicas   ou    jurídicas
                                 residentes,  domiciliadas   ou   com
                                 sede no País.                      
                                                                    
          O  Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da  Lei  nº
4.595,  de  31  de  dezembro de 1964, torna público  que  o  Conselho
Monetário  Nacional, em sessão realizada em 27 de maio de  2010,  com
base no art. 1º do Decreto-lei nº 1.060, de 21 de outubro de 1969,  e
no art. 5º da Medida Provisória nº 2.224, de 4 de setembro de 2001, e
tendo  em  conta  o  disposto no § 1º do art. 201 do  Decreto-Lei  nº
5.844, de 23 de setembro de 1943,                                   
                                                                     
         R E S O L V E U :                                          
                                                                    
          Art.  1º   As  pessoas  físicas  ou  jurídicas  residentes,
domiciliadas  ou com sede no País, assim conceituadas  na  legislação
tributária,  devem  prestar ao Banco Central  do  Brasil,  na  forma,
limites e condições estabelecidos nesta Resolução, declaração de bens
e valores que possuírem fora do território nacional.                 
                                                                    
          Parágrafo  único.   A  divulgação dos  dados  relativos  às
declarações  prestadas  na forma do caput deste  artigo  dar-se-á  de
maneira a não identificar situações individuais.                    
                                                                    
         Art. 2º  A declaração de que trata o art. 1º, inclusive suas
retificações,  deve ser prestada anualmente, por meio eletrônico,  na
data-base de 31 de dezembro de cada ano, quando os bens e valores  do
declarante  no  exterior totalizarem, nessa data,  quantia  igual  ou
superior  a  US$100.000,00 (cem mil dólares  dos  Estados  Unidos  da
América), ou seu equivalente em outras moedas.                       
                                                                    
          §  1º   Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo,  as
pessoas  a  que  se  refere  o  art. 1º  ficam  obrigadas  a  prestar
declaração  nas  datas-base de 31 de março,  30  de  junho  e  30  de
setembro  de  cada  ano, quando os bens e valores  do  declarante  no
exterior  totalizarem,  nessas datas, quantia  igual  ou  superior  a
US$100.000.000,00  (cem  milhões de dólares  dos  Estados  Unidos  da
América), ou seu equivalente em outras moedas.                      
                                                                    
          § 2º  O Banco Central do Brasil estabelecerá os períodos de
entrega da declaração.                                               
                                                                    
         § 3º  Estão dispensadas de prestar a declaração de que trata
esta Resolução as pessoas que, nas datas referidas no caput e no § 1º
deste  artigo,  possuírem bens e valores em montantes inferiores  aos
ali indicados.                                                      
                                                                    
          §  4º   Caso  os  bens e valores sejam  mantidos  em  conta
conjunta  de  depósitos ou, por qualquer outra  forma,  pertençam  em
condomínio  a duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas,  os  limites
referidos no caput e no § 1º deste artigo devem ser apurados em vista
do    valor   integral   dos   ativos   detidos   nessas   situações,
independentemente  da  quantidade  de  titulares  da  conta   ou   de
condôminos, considerando-se cada um deles responsável pela declaração
de que trata esta Resolução.                                        
                                                                     
          Art.  3º  A declaração de bens e valores de que trata  esta
Resolução   compreenderá   informações  relacionadas   às   seguintes
modalidades:                                                        
                                                                     
         I - depósito;                                              
                                                                    
         II - empréstimo em moeda;                                   
                                                                    
         III - financiamento;                                       
                                                                    
         IV - arrendamento mercantil financeiro;                    
                                                                    
         V - investimento direto;                                   
                                                                    
         VI - investimento em portfólio;                            
                                                                    
         VII - aplicação em instrumentos financeiros derivativos; e 
                                                                     
          VIII  -  outros investimentos, incluindo imóveis  e  outros
bens.                                                               
                                                                    
         Art. 4º  As informações referentes a aplicações em Brazilian
Depositary  Receipts  (BDR) devem ser declaradas  pelas  instituições
depositárias, de forma totalizada por programa.                     
                                                                    
          Art.  5º   Os  fundos de investimento,  por  meio  de  seus
administradores,   devem  informar  o  total  de   suas   aplicações,
discriminando tipo e características.                               
                                                                     
          Art. 6º  A declaração de bens e valores na hipótese de  que
trata o § 1º do art. 2º desta Resolução será obrigatória a partir  da
posição de 31 de março de 2011.                                     
                                                                     
          Art. 7º  Os responsáveis pela prestação de informações  nos
termos  desta  Resolução  devem manter,  pelo  prazo  de  cinco  anos
contados   a  partir  da  data-base  da  declaração,  a  documentação
comprobatória das informações prestadas, para apresentação  ao  Banco
Central do Brasil, quando solicitada.                               
                                                                    
         Art. 8º  O descumprimento das normas referentes à declaração
de  que  trata  esta  Resolução sujeita  os  responsáveis  a  multas,
aplicadas  pelo Banco Central do Brasil, de acordo com os percentuais
abaixo fixados, em razão das seguintes ocorrências:                 
                                                                     
          I  -  prestação de declaração fora do prazo: 10%  (dez  por
cento) do valor previsto no art. 1º da Medida Provisória nº 2.224, de
2001,  ou 1% (um por cento) do valor sujeito a declaração, o que  for
menor;                                                              
                                                                    
          II  - prestação de declaração contendo informação incorreta
ou  incompleta: 20% (vinte por cento) do valor previsto no art. 1º da
Medida Provisória nº 2.224, de 2001, ou 2% (dois por cento) do  valor
sujeito a declaração, o que for menor;                              
                                                                    
          III  -  não prestação da declaração ou não apresentação  da
documentação comprobatória ao Banco Central do Brasil das informações
fornecidas: 50% (cinquenta por cento) do valor previsto no art. 1º da
Medida Provisória nº 2.224, de 2001, ou 5% (cinco por cento) do valor
sujeito a declaração, o que for menor;                              
                                                                    
          IV  -  prestação de declaração falsa ou de informação falsa
sobre os valores sujeitos à declaração: 100% (cem por cento) do valor
previsto  no art. 1º da Medida Provisória nº 2.224, de 2001,  ou  10%
(dez por cento) do valor sujeito a declaração, o que for menor.     
                                                                    
          §  1º  A multa a que se refere o inciso I deste artigo será
reduzida nas seguintes situações:                                   
                                                                    
          I  -  atraso  de  1 a 30 dias na prestação  da  declaração,
hipótese  em  que  corresponderá a  10%  (dez  por  cento)  do  valor
previsto;                                                           
                                                                    
          II  -  atraso  de 31 a 60 dias na prestação da  declaração,
hipótese  em que corresponderá a 50% (cinquenta por cento)  do  valor
previsto;                                                           
                                                                    
          §  2º   A  redução prevista no § 1º deste artigo  aplica-se
inclusive  aos  processos  administrativos  punitivos  pendentes   de
decisão na data de publicação desta Resolução.                      
                                                                     
          Art.  9º   A  aplicação  das  penalidades  previstas  nesta
Resolução  obedecerá  ao disposto na Resolução  nº  1.065,  de  5  de
dezembro de 1985.                                                   
                                                                     
          Art.  10.   As  penas  de que trata  esta  Resolução  serão
aplicadas  sem prejuízo de outras penalidades previstas na legislação
em vigor.                                                           
                                                                     
          Art.  11.   O Banco Central do Brasil baixará as  normas  e
adotará as medidas necessárias à execução desta Resolução.          
                                                                     
          Art.  12.   Esta Resolução entra em vigor na  data  de  sua
publicação.                                                         
                                                                    
         Art. 13.  Revoga-se a Resolução nº 3.540, de 28 de fevereiro
de 2008.                                                            
                                                                    
                                        Brasília, 27 de maio de 2010.
                                                                     
                                                                    
                                                                    
                                                                     
                      Alexandre Antonio Tombini                     
                       Presidente, substituto

 

 

CIRCULAR 3.496
                         --------------                             
                                                                     
                                 Estabelece  período  de  entrega  da
                                 declaração  de Capitais  Brasileiros
                                 no  Exterior (CBE) referente à data-
                                 base de 31 de dezembro de 2009.    
                                                                    
         A  Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão
realizada em 4 de junho de 2010, tendo em vista o disposto no art. 1º
do  Decreto-Lei  nº  1.060, de 21 de outubro de  1969,  e  na  Medida
Provisória nº 2.224, de 4 de setembro de 2001, e com base  nos  arts.
2º, § 2º, e 11 da Resolução nº 3.854, de 27 de maio de 2010,        
                                                                     
         D E C I D I U :                                            
                                                                    
         Art.  1º A declaração de bens e valores de que trata o caput
do art. 2º da Resolução nº 3.854, de 27 de maio de 2010, referente  à
data-base  de  31 de dezembro de 2009, deverá ser prestada  ao  Banco
Central  do Brasil no período compreendido entre as 9 horas de  7  de
junho e as 20 horas de 30 de julho de 2010, por meio do formulário de
declaração  de  Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) disponível  no
sítio   do   Banco  Central  do  Brasil  na  internet,  no   endereço
http://www.bcb.gov.br.                                              
                                                                     
         Art.  2º   Ficam o Departamento de Monitoramento do  Sistema
Financeiro  e  de  Gestão  da Informação  (Desig)  e  o  Departamento
Econômico (Depec) autorizados a divulgar o Manual do Declarante  e  a
adotar as demais medidas necessárias ao cumprimento desta Circular. 
                                                                    
         Art.  3º   Esta  Circular entra em  vigor  na  data  de  sua
publicação.                                                          
                                                                    
                                        Brasília, 4 de junho de 2010.
                                                                    
                                                                     
                                                                    
                                                                    
Anthero de Moraes Meirelles      Aldo Luiz Mendes                   
Diretor                          Diretor                            
                                                                    
                                                                    
                                                                     
                                                                    
Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo                                  
Diretor

 

 

CARTA-CIRCULAR 3.449
                      --------------------                          
                                                                    
                                      Divulga  o Manual do Declarante
                                      de  Capitais   Brasileiros   no
                                      Exterior  referente à Data-Base
                                      2009 e a forma da apresentação.
                                                                    
                                                                    
                                                                     
      Em  conformidade  com a Circular nº 3.496, de  4  de  junho  de
2010,  do  Banco  Central  do Brasil, que  estabelece  o  prazo  para
apresentação da Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior  (CBE)
por pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede
no  Brasil,  informamos  que  as  instruções  para  preenchimento  da
declaração relativa à data-base de 31 de dezembro de 2009 constam  do
Manual do Declarante de Capitais Brasileiros no Exterior, em anexo. 
                                                                    
2.    Informamos  também  que a  declaração deverá  ser  prestada  no
período compreendido entre as 9 horas do dia 7 de junho de 2010 e  as
20  horas  do  dia  30  de  julho  de 2010,  de  maneira  eletrônica,
diretamente na página do CBE constante do sítio do Banco  Central  do
Brasil  na internet (www.bcb.gov.br >> Câmbio e Capitais Estrangeiros
>>  Capitais  Brasileiros  no Exterior)  ou  por  meio  do  Programa-
Declaração  para download disponível na mesma página, que poderá  ser
instalado no computador do declarante.                              
                                                                    
3.    Esta Carta-Circular entra em vigor na data de sua publicação. 
                                                                    
                                                                    
                                        Brasília, 7 de junho de 2010.
                                                                     
                                                                    
                                                                    
                        Departamento  de  Monitoramento  do  Sistema
                        Financeiro e de Gestão da Informação (Desig)
                                                                    
                        Sidnei Correa Marques                       
                        Chefe                                        
                                                                    
                                                                    
                                                                    
                                                                     
                                Anexo                               
                                                                    
                                                                     
                                                                    
Capitais  Brasileiros  no  Exterior - Declaração  Anual  -  Data-Base
31.12.2009                                                          
                                                                     
                                                                    
                                                                    
Manual do Declarante                                                
                                                                     
                                                                    
Índice                                                              
                                                                     
1. Apresentação                                                     
                                                                    
                                                                    
2. Instruções gerais                                                 
                                                                    
2.1 Legislação                                                      
2.2 Obrigatoriedade de se fazer a declaração                        
2.3 Prazos de entrega                                               
2.4 Retificação da declaração                                       
2.5 Punição                                                         
2.6 Atendimento ao declarante                                        
                                                                    
                                                                    
3. Como fazer a declaração                                          
                                                                     
3.1    Qual programa utilizar?                                      
3.2    Declaração diretamente na internet                           
3.2.1  Equipamento necessário                                       
3.2.2  Como acessar o aplicativo                                    
3.3    Utilização do Programa-Declaração                            
3.3.1  Equipamento mínimo recomendável                              
3.3.2  Obter, instalar e abrir o programa                            
3.3.3  Iniciar uma declaração nova                                  
3.3.4  Abrir uma declaração já registrada                           
3.3.5  Importar os dados de uma declaração já registrada            
3.3.6  Navegar  entre   modalidades,   submodalidades   e   operações
       registradas                                                  
3.3.7   Cadastro                                                    
3.3.7.1 Operacionalização do Cadastro                               
3.3.8   Preenchimento das fichas de Modalidade de Aplicação         
3.3.9   Geração do Arquivo de Envio e de Transmissão                
3.3.10  Impressão da Declaração                                     
3.3.11  Impressão do Recibo                                          
                                                                    
                                                                    
4. Instruções para preenchimento dos campos das fichas              
                                                                     
4.1   Declarante                                                    
4.2   Depósito no Exterior                                          
4.3   Derivativo                                                    
4.3.1 Derivativo: Futuro / Termo / Swap                             
4.3.2 Derivativo: Opção                                             
4.4   Empréstimo em Moeda                                           
4.5   Financiamento, Leasing / Arrendamento Mercantil Financeiro    
4.6   Investimento Direto                                           
4.7   Outros Investimentos                                          
4.8   Portfólio                                                     
4.8.1 Portfólio: BDRs                                                
4.8.2 Portfólio: Participação Societária                            
4.8.3 Portfólio: Título de Dívida                                   
                                                                    
1. Apresentação                                                     
                                                                    
Este  Manual  contém as instruções para a Declaração  Eletrônica  dos
Capitais Brasileiros no Exterior - CBE, como estipulado pela Circular
nº 3.496, de 4 de junho de 2010.                                    
                                                                    
                                                                    
2. Instruções gerais                                                 
                                                                    
                                                                    
2.1  Legislação                                                     
                                                                     
Decreto-lei nº 1.060, de 21.10.1969.                                
                                                                    
Medida Provisória nº 2.224, de 04.09.2001.                           
                                                                    
Resolução CMN nº 3.854, de 27 de maio de 2010.                      
                                                                    
Circular BCB nº 3.496, de 4 de junho de 2010.                       
                                                                    
                                                                    
2.2 Obrigatoriedade de se fazer a declaração                        
                                                                    
Pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede  no
País,  assim  conceituadas  na legislação tributária  (informações  a
respeito     podem     ser    obtidas    no    seguinte     endereço:
(http://www.receita.fazenda.gov.br/GC/Aduana/Guia/ConceitosBásicos.ht
m),  detentoras de valores de qualquer natureza, de ativos em  moeda,
de  bens  e  direitos  mantidos fora do  território  nacional,  cujos
valores somados totalizem montante igual ou superior ao equivalente a
US$ 100.000,00 (cem mil dólares dos Estados Unidos da América), em 31
de dezembro de 2009.                                                
                                                                     
Para  verificar a equivalência em outras moedas a US$ 100.000,00,  em
31 de dezembro de 2009, consulte http://www.bcb.gov.br/?txconversao.
                                                                    
                                                                     
2.3 Prazos de entrega                                               
                                                                    
As  informações  referentes ao ano de 2009, com data-base  em  31  de
dezembro  de 2009, devem ser declaradas a partir das 9h do dia  7  de
junho  de 2010 e até as 20h do dia 30 de julho de 2010. A entrega  da
declaração fora desse prazo sujeita o infrator à aplicação  de  multa
prevista  na  Resolução  nº 3.854, de 2010, e  aplicável  pelo  Banco
Central do Brasil.                                                  
                                                                    
                                                                    
2.4 Retificação da declaração                                        
                                                                    
Durante   o   prazo   de  entrega,  é  possível   enviar   declaração
retificadora, sem incidência de multa.                              
                                                                     
                                                                    
2.5 Punição                                                         
                                                                     
A  Medida Provisória nº 2.224, de 04.09.2001, estabelece, em seu art.
1º,  multa  de  até  R$250.000,00 no  caso  de  não  fornecimento  de
informações  regulamentares exigidas pelo  Banco  Central  do  Brasil
relativas  a Capitais Brasileiros no Exterior, bem como da  prestação
de  informações falsas, incompletas, incorretas ou fora dos prazos  e
das condições previstas na regulamentação. O art. 7º da Resolução  nº
3.854, de 2010, abaixo transcrito, define os critérios para aplicação
dessas multas:                                                       
                                                                    
"Art. 7º O descumprimento  das  normas referentes à declaração de que
trata esta Resolução sujeita  os  responsáveis a multas nos seguintes
valores, aplicadas pelo Banco Central do Brasil:                    
                                                                    
I - prestação  de  declaração  fora  do prazo: 10% (dez por cento) do
valor previsto no art. 1º da  Medida Provisória nº 2.224, de 2001, ou
1% (um por cento) do valor sujeito a declaração, o que for menor;   
                                                                    
II - prestação   de  declaração  contendo  informação  incorreta   ou
incompleta:  20%  (vinte por cento)  do  valor previsto no art. 1º da
Medida Provisória nº 2.224, de 2001, ou 2% (dois por cento)  do valor
sujeito a declaração, o que for menor;                              
                                                                     
III - não prestação da declaração ou não apresentação da documentação
comprobatória  ao Banco Central do Brasil das informações fornecidas:
50%  (cinquenta por cento)  do  valor  previsto  no art. 1º da Medida
Provisória nº 2.224, de 2001,  ou  5%  (cinco  por  cento)  do  valor
sujeito a declaração, o que for menor;                              
                                                                    
IV - prestação de declaração falsa ou  de  informação  falsa sobre os
valores sujeitos à declaração: 100% (cem por cento) do valor previsto
no art. 1º da Medida  Provisória  nº 2.224, de 2001,  ou 10% (dez por
cento) do valor sujeito a declaração, o que for menor.              
                                                                     
§ 1º  A  multa  referida  no  inciso  I  será  reduzida nas seguintes
situações:                                                          
                                                                    
I - atraso de 1 a 30 dias na prestação da declaração, hipótese em que
a multa corresponderá a 10% (dez por cento) do valor previsto;      
                                                                    
II - atraso de 31 a 60 dias na prestação da declaração,  hipótese  em
que  a  multa  corresponderá   a 50%  (cinquenta por cento) do  valor
previsto;                                                           
                                                                    
§ 2º A redução  prevista  no  inciso anterior aplica-se inclusive aos
processos administrativos punitivos  pendentes  de decisão na data de
publicação desta resolução."                                        
                                                                    
2.6 Atendimento ao declarante                                        
                                                                    
Para  esclarecimento  de dúvidas sobre o CBE ou  para  a  solução  de
problemas relativos ao seu preenchimento, o atendimento ao declarante
será  feito por meio do endereço eletrônico cbe.desig@bcb.gov.br,  ou
pelo telefone: (61) 3414 3001.                                      
                                                                    
3. Como fazer a declaração                                           
                                                                    
A  Declaração só pode ser feita de maneira eletrônica, de duas formas
possíveis, diretamente na página do CBE no sítio do Banco Central  do
Brasil  na internet (www.bcb.gov.br >> Câmbio e Capitais Estrangeiros
>>  Capitais  Brasileiros  no Exterior), ou  utilizando  o  Programa-
Declaração  para download, disponível na mesma página, e  que  deverá
ser instalado no computador do declarante.                          
                                                                     
                                                                    
3.1 Qual programa utilizar?                                         
                                                                     
De  modo geral, declarações com poucos itens são registradas de forma
mais eficiente diretamente no sítio do Banco Central. Se ela contiver
muitos  itens,  é  recomendável  o uso  do  Programa-Declaração  para
download.                                                            
                                                                    
Outro  fator  a se considerar é que utilizando o Programa Declaração,
as declarações ficam gravadas no computador do usuário. Nesse caso, o
preenchimento  pode  ser  feito independentemente  de  haver  conexão
disponível com a internet, sendo essa necessária apenas no momento da
transmissão  do  arquivo.  Caso elas sejam efetuadas  diretamente  no
sítio  do  Banco  Central,  ficam  gravadas  nos  computadores  desta
Autarquia, com o acesso protegido por senha.                        
                                                                    
Por fim, para utilizar o programa do CBE é necessário microcomputador
tipo  PC  ou  compatível,  com  sistema  operacional  Windows  95  ou
superior,  configurado para resolução de vídeo de 800x600, ou  maior,
com  fontes pequenas. Para a declaração diretamente na página do  CBE
no  sítio  do Banco Central, recomenda-se utilizar um computador  que
tenha  instalado um navegador Internet Explorer 5.0 (ou superior)  ou
Firefox 2.0 (ou superior).                                          
                                                                    
3.2 Declaração diretamente na página do Banco Central na internet   
                                                                    
                                                                    
3.2.1 Equipamento necessário:                                       
                                                                     
Microcomputador com navegador Internet Explorer 5.0, ou superior,  ou
navegador Firefox 2.0, ou superior.                                 
                                                                    
                                                                    
3.2.2 Como acessar o aplicativo:                                    
                                                                    
Na   página   do   CBE  no  sítio  do  Banco  Central  na   internet:
www.bcb.gov.br  >>  Câmbio  e  Capitais  Estrangeiros   >>   Capitais
Brasileiros no Exterior >> Declaração.                              
                                                                    
                                                                     
3.3  Declaração com o programa para download                        
                                                                    
                                                                     
3.3.1 Equipamento mínimo necessário :                               
                                                                    
Microcomputador PC ou compatível, com sistema operacional Windows 95,
ou  superior,  configurado para resolução de  vídeo  de  800x600,  ou
maior, com fontes pequenas.                                         
                                                                    
                                                                    
3.3.2 Obter, instalar e abrir o programa:                           
                                                                    
Fazer  o  download,  na página do CBE no sítio do  Banco  Central  na
internet, do Programa-Declaração para download.                      
                                                                    
Instalar o programa no computador que vai ser utilizado para fazer  a
Declaração,  executando  o arquivo cbe.exe.  É  necessário  que  este
procedimento   seja  efetuado  por  um  usuário  com  privilégio   de
administrador da máquina.                                           
                                                                    
Abrir  o programa usando Iniciar >> Programas >> Capitais Brasileiros
no Exterior 2009.                                                    
                                                                    
                                                                    
3.3.3 Iniciar uma declaração nova:                                   
                                                                    
No menu localizado na barra superior do aplicativo clicar: Declaração
>> Nova                                                             
                                                                     
Será aberta a ficha para cadastramento do declarante (ver no item 4.1
as  instruções para o seu preenchimento). Pressionado  o  botão  "OK"
após  o preenchimento dessa ficha, abrem-se as fichas das modalidades
de  ativos no exterior e a árvore de navegação. As instruções para  o
preenchimento  de  cada  uma  das fichas  de  modalidades  de  ativos
encontram-se a partir do item 4.                                    
                                                                     
                                                                    
3.3.4 Abrir uma declaração já registrada:                           
                                                                    
No menu localizado na barra superior do aplicativo clicar: Declaração
>> Abrir                                                            
                                                                    
Selecionar a declaração desejada e teclar "OK"                      
                                                                     
                                                                    
3.3.5 Importar os dados de uma declaração já registrada:            
                                                                     
No menu localizado na barra superior do aplicativo clicar: Declaração
>> Importar arquivo.                                                
                                                                    
Selecionar  "Completa"  para  importar  todos  os  dados  salvos   ou
"Parcial" para importar apenas os dados básicos do declarante  e  das
operações                                                           
                                                                    
Clicar "Abrir" na barra superior do aplicativo                      
                                                                    
Selecionar a declaração importada                                   
                                                                     
                                                                    
3.3.6   Navegar   entre  modalidades,  submodalidades   e   operações
registradas:                                                        
                                                                     
Selecionar as modalidades pela árvore situada na janela à esquerda da
tela ou pelas abas à esquerda das fichas de modalidades;            
                                                                    
Selecionar as submodalidades pela árvore situada na janela à esquerda
da  tela ou pelas abas à direita das fichas que as possuam (Portfólio
e Derivativo);                                                      
                                                                     
Selecionar  as  operações registradas apenas pela árvore  situada  na
janela à esquerda da tela.                                          
                                                                    
                                                                     
3.3.7  Cadastro                                                     
                                                                    
Para declarar o valor de ativos no exterior é necessário registrar no
"Cadastro",  opção "Não-Residente", o titular não-residente  receptor
de  investimento  direto ou o devedor de operação  de  empréstimo  em
moeda,  financiamento e/ou leasing/arrendamento mercantil financeiro,
observando que:                                                      
                                                                    
-Não-residente:  Pessoas  jurídicas com sede no  exterior  e  pessoas
 físicas   assim    caracterizadas    pela   legislação   tributária.
 Informações  a  respeito podem ser obtidas no  seguinte  endereço: 
  http://www.receita.fazenda.gov.br/GC/Aduana/Guia/ConceitosBásicos 
  .htm;                                                             
                                                                    
 -País:  Informar  país  de residência, sede  ou  domicílio  do  não-
  residente;                                                        
                                                                    
 -CNAE:   Atividade  econômica  geradora  de  receitas  das   pessoas
  jurídicas,  de  acordo com  a Classificação Nacional de  Atividades
  Econômicas  - CNAE-2.0. Aplica-se  por analogia aos titulares  não-
  residentes.                                                       
                                                                     
                                                                    
3.3.7.1  Operacionalização do Cadastro:                             
                                                                    
Na  barra  de  menu,  selecionar "Cadastro",  opção  "Não-Residente",
teclar "+" para incluir e preencher os campos solicitados;          
                                                                    
Teclar "Sair" ou usar a opção "Excluir" para limpar a tela.         
                                                                    
                                                                    
3.3.8 Preenchimento das fichas de Modalidade de Aplicação:          
                                                                     
Selecionar  a  ficha correspondente à modalidade de aplicação  a  ser
preenchida e selecionar entre as pessoas não-residentes cadastradas o
titular da modalidade da aplicação, caso a modalidade o exija;      
                                                                     
Preencher  os  campos necessários. As instruções para o preenchimento
de cada uma das fichas de modalidades de ativos encontram-se a partir
do item 4;                                                           
                                                                    
Teclar "+" para  incluir  nova operação na mesma modalidade ou teclar
"-" para excluir.                                                   
                                                                     
                                                                    
3.3.9 Geração do Arquivo de Envio e Transmissão:                    
                                                                    
Selecionar "Declaração" na barra de menu;                           
                                                                    
"Gerar  arquivo  de envio" (caso haja inconsistência  na  declaração,
será   gerado   automaticamente  relatório  de   inconsistências   no
preenchimento das fichas da declaração);                            
                                                                    
Na  janela "Gravar - Selecione o Destino", salve o arquivo com o nome
sugerido;                                                            
                                                                    
Selecionar "Declaração" na barra de menu;                           
                                                                     
"Enviar arquivo para o Banco Central";                              
                                                                    
Na  janela  "Enviar  - Selecione o Arquivo", selecione  a  declaração
arquivada e tecle "Abrir";                                           
                                                                    
A  transmissão  gera relatório do arquivo enviado ao  Banco  Central,
informando o número do protocolo.                                   
                                                                     
O  número  do protocolo é indispensável à verificação da situação  da
Declaração  de Capitais Brasileiros no Exterior a ser disponibilizada
na página do CBE no sítio do Banco Central do Brasil.                
                                                                    
Nota:  Sugerimos  a leitura das "Perguntas mais freqüentes"  sobre  o
aplicativo   PSTAW10,  utilizado  para  a  transmissão  do   arquivo,
disponíveis    na    página    do   Banco    Central    do    Brasil:
http://www.bcb.gov.br/htms/pstaw10faq.asp.                          
                                                                    
http://www.bcb.gov.br  >  Sisbacen  >  Acesso  e   Credenciamento   >
Aplicativo PASCS10 > Peguntas e respostas mais frequentes - FAQ.    
                                                                    
3.3.10 Impressão da Declaração:                                     
                                                                     
A  opção  de impressão das fichas da declaração está disponível  após
seu preenchimento.                                                  
                                                                    
Localize  na  parte  esquerda  do  formulário  eletrônico   a   opção
"Relatório" e selecione com dois cliques o relatório desejado. Após a
abertura do relatório, selecione o ícone da impressora.             
                                                                    
Para retornar, selecione "Fechar".                                  
                                                                    
3.3.11  Impressão do Recibo:                                        
                                                                     
Após  a  transmissão da declaração e de posse do nº de  protocolo,  o
declarante  deve  consultar na página do Banco Central  do  Brasil  a
situação  da  declaração enviada, cuja mensagem deve ser  "Declaração
recebida sem erro", e solicitar a impressão do recibo correspondente.
                                                                    
                                                                    
4. Instruções para preenchimento dos campos das fichas              
                                                                     
Poderão  ser  preenchidas  tantas fichas de cada  modalidade  quantas
forem   necessárias.  Entretanto,  sempre  que  coincidirem,   quando
aplicáveis,  os prazos, a moeda, o país destinatário do capital  e  a
pessoa  não-residente, as operações poderão ser  agregadas  na  mesma
ficha.                                                              
                                                                    
                                                                     
4.1 Declarante                                                      
                                                                    
Campos:(os  campos  desta  ficha aparecem  em  ordens  diferentes  no
aplicativo on-line e no programa instalado no computador).          
                                                                    
Pessoa: (apenas   na  declaração  on-line)  selecionar   "Física"  ou
"Jurídica", de acordo com a natureza jurídica do declarante.        
                                                                    
CPF/CNPJ: informar o CPF ou CNPJ do declarante, conforme o caso.    
                                                                    
Nome do declarante: informar o nome ou a razão social do declarante.
                                                                    
E-mail do declarante: informar um e-mail do  declarante para  receber
comunicações do Banco Central, relativas a CBE.                     
                                                                     
Nome responsável: informar  o  nome  da  pessoa    responsável   pela
declaração.  No caso de declarante pessoa física, o responsável  é  o
próprio declarante, devendo ser repetido seu nome neste campo.      
                                                                    
CPF do  responsável: informar o  CPF  da  pessoa   responsável   pela
declaração.  No caso de declarante pessoa física, o responsável  é  o
próprio declarante, devendo ser repetido seu CPF neste campo.       
                                                                    
E-mail do responsável: informar um e-mail da pessoa responsável  pela
declaração.  No caso de declarante pessoa física, o responsável  é  o
próprio declarante, devendo ser repetido seu e-mail neste campo.    
                                                                    
Telefone do responsável: informar o número de um  telefone da  pessoa
responsável pela declaração. No caso de declarante pessoa  física,  o
responsável é o próprio declarante, devendo ser informado o número de
seu telefone neste campo.                                           
                                                                    
Senha  (apenas na versão on-line):criar e informar uma  senha  de  no
mínimo  6 e no máximo 10 caracteres alfa-numéricos. Letras maiúsculas
e minúsculas alteram a senha.                                       
                                                                    
Confirmar Senha (apenas na versão on-line): repetir a senha informada
no campo acima.                                                     
                                                                    
Ano-Base: informar 2009 como o ano-base da declaração.              
                                                                    
Declaração é retificadora?: selecionar "Sim" ou "Não,  conforme  seja
ou não retificadora a declaração a ser registrada (ver item 2.4).   
                                                                     
4.2 Depósito no Exterior                                            
                                                                    
Moeda corrente, cheques ou saques colocados em instituição financeira
para crédito em conta do cliente.                                   
                                                                    
Campos:                                                             
                                                                     
Moeda: selecionar a moeda do depósito;                              
                                                                    
Valor do depósito: informar o valor do saldo em 31.12.2009;         
                                                                     
Valor  dos  Rendimentos: informar o somatório de todos os rendimentos
líquidos recebidos durante o ano de 2009;                           
                                                                    
País  do  depositário: informar o país de localização da  instituição
depositária.                                                        
                                                                    
                                                                     
4.3 Derivativo                                                      
                                                                    
4.3.1 Derivativo: Futuro / Termo / Swap                             
                                                                     
Instrumento  financeiro cujo valor deriva de um ativo  predeterminado
para  liquidação  em  uma  data futura.  Podem  ser  utilizados  para
operações   de  hedge.  Os  contratos  Futuros  são  padronizados   e
negociados em bolsas, ao contrário dos contratos a Termo, que possuem
uma data de entrega exata. O Swap, por sua vez, refere-se a operações
que permitem a troca do fluxo de caixa de um ativo por outro ou ainda
a mudança das datas de vencimento.                                   
                                                                    
Campos:                                                             
                                                                    
País  de  aquisição: informar o país da instituição responsável  pela
administração da aplicação;                                         
                                                                    
Moeda:  selecionar  a  moeda  da  aplicação,  na  qual  deverão   ser
informados todos os valores nesta ficha;                            
                                                                    
Valor  dos  ajustes  recebidos e Valor dos  ajustes  pagos:  informar
valores  dos ajustes pagos e ajustes recebidos em 2009 referentes  às
posições  em aberto em 31.12.2009 de acordo com a flutuação do  ativo
no exterior;                                                        
                                                                    
Valor da margem de garantia atual: informar o valor em 31.12.2009  da
margem de garantia constituída para as posições em aberto.          
                                                                    
                                                                     
4.3.2 Derivativo: Opção                                             
                                                                    
Instrumento  financeiro cujo valor deriva de um ativo  predeterminado
para  liquidação  em  uma  data futura.  Podem  ser  utilizados  para
operações  de  hedge.  Especificamente quanto a Opções,  refere-se  à
aquisição  do  direito de se comprar ou vender determinado  ativo  em
data futura. O declarante dessa modalidade, portanto, é o titular  da
opção.                                                               
                                                                    
Campos:                                                             
                                                                     
País de aquisição: informar o país  de localização  do   mercado   da
aplicação;                                                          
                                                                    
Moeda: selecionar a moeda da aplicação na qual deverão ser informados
todos os valores nesta ficha;                                       
                                                                    
Valor: informar o valor das opções com base na cotação  em  bolsa  de
valores,  em  31.12.2009. Se não forem cotadas em bolsa,  informar  o
valor e a data de aquisição das opções.                             
                                                                    
                                                                     
4.4 Empréstimo em Moeda                                             
                                                                    
Informar nesta ficha os valores relativos a empréstimos concedidos  a
pessoas físicas ou a pessoas jurídicas residentes ou domiciliadas  no
exterior.                                                           
                                                                    
Campos:                                                             
                                                                     
Devedor não-residente: selecionar, entre as  "pessoas não-residentes"
cadastradas   pelo  declarante  (ver  item  3.3.7),  o  receptor   do
empréstimo no exterior;                                              
                                                                    
Moeda: selecionar  a  moeda  do  empréstimo,  na  qual  deverão   ser
informados todos os valores nesta ficha;                            
                                                                     
Intercompanhia:informar "sim" para operação contratada entre empresas
não financeiras do mesmo conglomerado ou grupo;                     
                                                                    
Valor original: informar o montante da operação contratada, na  moeda
selecionada no campo "Moeda";                                       
                                                                    
Prazo original em meses:informar o prazo total da operação, em meses.
Se flexível ou indefinido,  informar  prazo  menor ou igual a 12 para
curto prazo e maior que 12 para longo prazo;                        
                                                                    
Data inicial: informar a data em que ocorreu a remessa  dos  recursos
para o exterior;                                                    
                                                                    
Nº  de  parcelas  de  principal  a receber:  informar a quantidade de
parcelas de principal ainda por receber, sejam vencidas ou vincendas;
                                                                    
Nº de parcelas de juros a receber: informar  quantidade  de  parcelas
de juros vencidas ainda não recebidas ou vincendas;                  
                                                                    
Tipo de Juros: selecionar "Fixo"  quando  a  taxa  de  juros  for  um
valor  fixo   durante  todo  o  período  da  operação  ou  selecionar
"Variável" quando a taxa  de  juros for formada por uma base variável
(libor, Prime,TR, etc) acrescida ou diminuída por um spread;        
                                                                    
Parcelas de principal: informar as datas de recebimento e os valores,
narmoeda selecionada no campo -Moeda-, da(s) parcela(s) de principal;
                                                                    
Parcelasdejuros: informar as datas de recebimento e  os  valores,  na
moeda  selecionada no campo -Moeda-, da(s) parcela(s)  de  juros,  no
caso  de taxa fixa, ou selecionar a base e informar o spread, no caso
de taxa variável.                                                   
                                                                    
                                                                     
4.5 Financiamento e Leasing / Arrendamento Mercantil Financeiro     
                                                                    
Financiamentos   concedidos  a  não-residentes  para   aquisição   de
mercadorias  ou  serviços exportados. Consideram-se para  efeitos  de
Capitais Brasileiros no Exterior, apenas os financiamentos concedidos
com  recursos  próprios  e  que, quando vinculados  à  exportação  de
mercadorias,  estejam registrados no Siscomex. Não inclui,  portanto,
valores de exportações brasileiras com prazo de pagamento de até  180
dias,  contados da data de embarque ou da prestação do  serviço,  que
são  considerados  pagamento à vista. Leasing/Arrendamento  mercantil
financeiro  são  contratos conferindo o uso de ativo  fixo  exportado
durante um tempo especificado em troca de pagamento.                
                                                                    
Campos:                                                             
                                                                     
Financiado/Arrendatário não residente: selecionar, dentre as "pessoas
não-residentes"  cadastradas  pelo declarante  (ver  item  3.3.7),  o
receptor do financiamento/arrendatário no exterior;                 
                                                                    
Moeda:   selecionar  a  moeda  do  financiamento/leasing/arrendamento
mercantil financeiro, na qual deverão ser informados todos os valores
nesta ficha;                                                         
                                                                    
Intercompanhia:   informar  "sim"  para  operação  contratada   entre
empresas não-financeiras do mesmo conglomerado ou grupo;            
                                                                     
Valor  original: informar o montante da operação contratada, na moeda
selecionada  no  campo "Moeda", especificando o  valor  destinado  ao
financiamento de mercadoria/serviço ou leasing/arrendamento mercantil
financeiro;                                                         
                                                                    
Prazo  original  em  meses: informar o prazo total  da  operação,  em
meses. Se flexível ou indefinido, informar prazo menor ou igual a  12
meses para curto prazo e maior que 12 meses para longo prazo;       
                                                                    
N°  de  parcelas  de principal a receber: informar  a  quantidade  de
parcelas de principal ainda por receber, sejam vencidas ou vincendas;
                                                                    
N°  de parcelas de juros a receber: informar a quantidade de parcelas
de juros vencidas ainda não recebidas ou vincendas;                 
                                                                    
Tipo  de Juros: selecionar "Fixo" quando a taxa de juros for um valor
fixo  durante  todo  o  período da operação ou selecionar  "Variável"
quando  a  taxa  de  juros for formada por uma base variável  (Libor,
Prime, TR, etc.) acrescida ou diminuída de um spread;               
                                                                    
Parcelas de principal: informar as datas de recebimento e os valores,
na moeda selecionada no campo "Moeda", da(s) parcela(s) de principal.
Em  contratos de leasing/arrendamento mercantil financeiro,  o  valor
residual,  base para aquisição do bem ou renovação do contrato,  deve
ser informado juntamente com a última parcela;                      
                                                                    
Parcelas de juros: informar as datas de recebimento e os valores,  na
moeda  selecionada no campo "Moeda", da(s) parcela(s)  de  juros,  no
caso  de taxa fixa, ou selecionar a base e informar o spread, no caso
de taxa variável.                                                   
                                                                    
                                                                     
4.6 Investimento Direto                                             
                                                                    
Participação  igual ou superior a 10% do capital social  de  empresas
com  sede  no  exterior. Participações inferiores  a  10%  devem  ser
declaradas na ficha "Portfólio: Participação Societária".           
                                                                    
Campos:                                                             
                                                                     
Receptor não-residente:selecionar, dentre as "Pessoas não-residentes"
cadastradas pelo declarante (ver item 3.3.7), a empresa receptora  do
investimento no exterior;                                            
                                                                    
Percentual de participação: informar, em   percentual,    quanto    o
investimento detido pelo declarante representa no capital  social  da
empresa receptora do investimento;                                   
                                                                    
Moeda do investimento: selecionar  a  moeda do investimento,  na qual
deverão ser informados todos os valores nesta ficha;                
                                                                     
Valor: informar em Valor de mercado o valor da participação com  base
na  cotação  em  bolsa de valores em 31.12.2009.  Se  a  empresa  não
possuir  ações cotadas em bolsa, informar Valor contábil, que  vem  a
ser  o  somatório  dos  valores  investidos  acrescidos  dos  aportes
realizados   desde  então,  e  a  data  de  aquisição   da   primeira
participação;                                                       
                                                                     
Valor do reinvestimento: reinvestimento é a participação proporcional
do investidor no lucro líquido não distribuído pela empresa receptora
do  investimento. Informar o valor dos lucros reinvestidos, no ano de
2009,  na  mesma  moeda  do investimento. Quando  não  houver  lucros
reinvestidos em 2009, informar 0 (zero).                            
                                                                    
                                                                     
4.7 Outros Investimentos                                            
                                                                    
Informar  nesta  ficha  os investimentos em  bens  imóveis  e  móveis
mantidos no exterior.                                                
                                                                    
Campos:                                                             
                                                                    
País de aquisição:  informar  o país   de localização do imóvel ou do
ativo de outra espécie declarado;                                   
                                                                    
Moeda do investimento:  selecionar  a  moeda, na   qual deverão   ser
informados todos os valores nesta ficha;                            
                                                                    
Valor contábil: informar  o  valor de aquisição do investimento. Caso
sejam  declarados  mais  de  um  bem,  em  um  mesmo país, informar o
somatório dos valores;                                              
                                                                    
Data de aquisição: informar  a  data  de aquisição do investimento de
maior valor;                                                        
                                                                    
Valor dos rendimentos: informar  valores  líquidos dos rendimentos do
(s) investimento (s), recebido (s) durante  o ano de 2009,  na  mesma
moeda do investimento;                                              
                                                                    
Prazo: selecionar "Curto" se  não  há  intenção  de  permanecer com o
investimento  por   mais   de  365 dias;  caso  contrário, selecionar
"Longo";                                                            
                                                                    
Objeto do investimento: indicar o  objet o do  investimento ou ativo:
imóvel, obra de arte, etc.                                          
                                                                    
                                                                    
4.8 Portfólio                                                        
                                                                    
4.8.1 Portfólio: BDRs                                               
                                                                    
Apenas  as  instituições depositárias devem informar nesta  ficha  os
valores  de  propriedade de investidores residentes, domiciliados  ou
com sede no Brasil, de forma individualizada, por programa autorizado
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).                         
                                                                     
Brazilian   Depositary   Receipts  (BDRs):   Recibos   de   depósitos
brasileiros. Certificados de depósito de valores mobiliários emitidos
no  Brasil por uma instituição depositária. Possuem lastro em valores
mobiliários   emitidos  por  uma  pessoa  jurídica  estrangeira,   no
exterior.                                                           
                                                                    
Campos:                                                              
                                                                    
País  emissor:  informar  o  país da  empresa  emissora  dos  valores
mobiliários de lastro;                                              
                                                                     
Moeda  do investimento: selecionar a moeda do investimento,  na  qual
deverão ser informados todos os valores;                            
                                                                     
Valor: informar o valor dos certificados com base na cotação em bolsa
de  valores em 31.12.2009. Se não forem cotados em bolsa, informar  o
somatório dos valores e a data de aquisição do primeiro certificado;
                                                                     
Valor  dos  rendimentos: informar, na mesma moeda do investimento,  o
somatório de todos os rendimentos líquidos recebidos como dividendos,
bonificações, direitos de subscrição etc., durante o ano de 2009;   
                                                                     
4.8.2 Portfólio: Participação Societária                            
                                                                    
Informar  os valores relativos a participações inferiores  a  10%  do
capital de empresas no exterior, Depositary Receipts (DRs), fundos de
ações  e  outros  direitos  relativos  a  participações  societárias,
observado  que  os  DRs  são  certificados emitidos  por  instituição
depositária  com  objetivo de negociação  em  bolsas  de  valores  no
exterior,  representativos de ações emitidas por companhias  abertas,
negociadas em bolsa de valores, que ficam depositadas em custódia. Os
American  Depositary Receipts (ADRs) são os DRs emitidos e negociados
no mercado dos Estados Unidos da América.                           
                                                                    
Campos:                                                             
                                                                     
Moeda  do investimento: selecionar a moeda do investimento,  na  qual
deverão ser informados todos os valores nesta ficha;                
                                                                    
Valor: informar o valor da participação com base na cotação em  bolsa
de valores em 31.12.2009. Se a empresa não  tiver  ações  cotadas  em
bolsa, informar o valor e a data de aquisição  da  participação. Caso
sejam declaradas mais de uma  participação  em  empresas  de um mesmo
país, informar o somatório dos valores;                             
                                                                    
Valor  dos  rendimentos:  informar, na mesma moeda  do  investimento,
valores  líquidos  recebidos durante  o  ano  de  2009  a  título  de
dividendos, bonificações, direitos de subscrição etc.;              
                                                                    
País  do emissor: informar país da sede da empresa emissora do título
ou  do  direito de participação societária, ou ainda do administrador
do fundo de ações;                                                  
                                                                    
País  de  aquisição: informar o país onde foi adquirido  o  ativo  da
participação societária.                                            
                                                                    
4.8.3 Portfólio: Título de Dívida                                   
                                                                     
Informar  as  aplicações  em  títulos de dívida  como  bônus,  notes,
commercial  papers  e  financial papers,  certificados  de  depósito,
aceites  bancários,  letras  de tesouro,  debêntures.  Aplicações  em
Fundos  de  Investimentos no Exterior (FIEX) só devem ser  informadas
pelas instituições depositárias.                                    
                                                                    
Campos:                                                              
                                                                    
Prazo  original  em  meses:  informar  o  prazo  total  original   da
aplicação, em meses. Se flexível ou indefinido, informar prazo  menor
ou  igual  a 12 meses se há intenção em permanecer com o investimento
por curto prazo e maior que 12 meses por longo prazo;               
                                                                    
País  emissor: informar o país de sede da empresa emissora do título.
No  caso  de  aplicação  em letras de tesouro,  informar  o  país  da
instituição  emissora  ou  da  instituição  administradora,  caso   a
aplicação seja efetuada por meio de fundos de investimentos;        
                                                                     
País  de aquisição/aplicação: informar o país onde se deu a aquisição
do título de dívida;                                                
                                                                    
Moeda  do investimento: selecionar a moeda do investimento,  na  qual
deverão ser informados todos os valores nesta ficha;                
                                                                    
Valor:  informar o valor dos títulos com base na cotação em bolsa  de
valores  em  31.12.2009. Se não forem cotados em  bolsa,  informar  o
valor  e a data de aquisição dos títulos. Caso sejam declarados  mais
de  um  título de emissão de um mesmo país, informar o somatório  dos
valores;                                                             
                                                                    
Valor dos rendimentos: informar valores líquidos recebidos durante  o
ano de 2009, na mesma moeda do investimento;                        
                                                                     
Intercompanhia:  informar "sim" para títulos de dívida  emitidos  por
empresas não-financeiras do mesmo conglomerado ou grupo.